O Banco do Brasil aceita renovar várias cláusulas referentes à saúde e condições de trabalho do Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A posição do banco público foi manifestada hoje (23) em Brasília, durante a terceira rodada de negociação da pauta específica com os sindicatos.
Apesar de manifestar discordância em inserir novas cláusulas referentes aos temas saúde e condições de trabalho no Aditivo, o BB propôs regulamentar o intervalo de almoço no ponto eletrônico: de 15 a 30 minutos para jornada de 6h; de 30 a 120 minutos para jornada de 8h. “Uma rodada sem novidade na mesa, sem avanço”, resume a diretora do Sindicato Elisa Ferreira, que representou a Federação dos Bancários de SP e MS.
Rodadas anteriores: Na primeira rodada de negociação (dia 29 de junho), o BB não aceitou assinar o pré-acordo. Na segunda rodada (dia 13 deste mês de julho), concordou em estender a futura Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para todos os funcionários, incluindo os hipersuficientes (trabalhador com salário superior ao dobro do teto do benefício previdenciário, com curso superior completo), invenção da nova legislação trabalhista. A quarta rodada acontece nesta quinta-feira (26), em São Paulo. Na pauta, emprego e cláusulas de relações sindicais e sociais.
Pré-acordo: A assinatura do termo de pré-acordo é uma necessidade porque o também chamado acordo coletivo de trabalho perde validade no dia 31 de agosto deste ano e a nova legislação (Lei nº 13.467, reforma trabalhista) acabou com a ultratividade das normas coletivas, que assegurava a prorrogação da CCT durante o processo de negociação.
Cassi: sindicatos apresentam propostas
Os sindicatos entregaram documento ao BB com uma série de propostas para a Caixa de Assistência (Cassi) e propuseram a retomado do processo de negociação. Em reunião realizada no último dia 5 de junho, no Rio de Janeiro, os representantes do BB disseram que o banco não negociaria nenhuma proposta para a Cassi na mesa de renovação do Aditivo, apenas no fórum específico da governança. Entre as propostas dos sindicatos, gestão paritária, manutenção do princípio da solidariedade, fortalecimento da Estratégia de Saúde da Família e novas receitas extraordinárias e temporárias. O BB não se manifestou sobre o documento entregue pelos sindicatos.
Foto: Guina Ferraz