Os bancos fecharam 390 postos de trabalho nos dois primeiros meses deste ano (janeiro e fevereiro), segundo análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. No total, foram 4.271 admissões e 4.661 desligamentos. Rio de Janeiro, Paraná e Bahia foram os estados com maiores saldos negativos. “Apesar de em janeiro o saldo ter saldo ter sido positivo, somente em fevereiro os bancos fecharam mais de 1.000 postos de trabalho pelo país”, destaca o Dieese.
Os bancos múltiplos com carteira comercial, categoria que reúne Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, fecharam 424 postos de trabalho no período; a Caixa Federal fechou 13 postos.
Desigualdade: homem e mulher
As 2.078 mulheres admitidas nos bancos entre janeiro e fevereiro deste ano receberam, em média, R$ 3.378,25. Esse valor corresponde a 74,9% da remuneração média dos homens contratados no período. A diferença de remuneração também ocorreu nos desligamentos. As 2.263 mulheres desligadas recebiam, em média, R$ 5.573,07. O que equivale a 78% da remuneração média dos 2.398 homens desligados no.
Reforma trabalhista: reflexo
Segundo a análise do Dieese, as demissões sem justa causa representaram 56,5% do total de desligamentos nos dois primeiros meses deste ano. As saídas a pedido dos trabalhadores representaram 34,9% dos tipos de desligamento. Foram registrados no período oito casos de demissão por acordo entre empregado e empregador. “Essa modalidade de demissão foi criada com a aprovação da lei 13.467/2017, a reforma trabalhista, em vigência desde novembro de 2017”, esclarece o Dieese.