Os bancos contrataram 1.283 mulheres em janeiro deste ano, com salário médio de R$ 3.116,41. Esse valor corresponde a 71,8% da remuneração média recebida pelos 1.316 homens contratados no mesmo mês. A diferença salarial entre homens e mulheres também foi constatada nos desligamentos. As 991 mulheres desligadas dos bancos recebiam, em média, R$ 5.649,80; valor equivalente a 76,3% do salário médio dos 956 homens desligados dos bancos. Os dados acima constam de análise do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do trabalho, divulgado no último dia 2. (veja íntegra da análise do Dieese)
Posto de trabalho
Os bancos criaram 652 postos de trabalho no citado mês de janeiro, em todo o país. Foram admitidos 2.599 bancários e demitidos 1.947. O estado de São Paulo registrou 64% das admissões, 41% do total de desligamentos e apresentou o maior saldo positivo no emprego bancário, com 588 postos abertos. Os piores saldos foram registrados no Rio de Janeiro (-49 postos) e Rio Grande do Sul, com o fechamento de 33 postos de trabalho bancário.
Os bancos múltiplos com carteira comercial (Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil) foram responsáveis pela abertura de 592 dos 652 postos de trabalho criados em janeiro. “Mas todas as classes de atividade econômica do setor bancário apresentaram saldo positivo em janeiro de 2018”, destaca o Dieese.
Reflexo da reforma trabalhista
As demissões sem justa causa representaram 56,6% do total de desligamentos. As rescisões dos contratos de trabalho solicitadas pelos bancários representaram 32,7%. E foram registrados cinco casos de demissão por acordo entre empregado e empregador. “Essa modalidade de demissão foi criada com a aprovação da Lei 13.467/2017, a Reforma Trabalhista, em vigência desde novembro de 2017”, frisa o Dieese. Os bancários desligados nessa modalidade “apresentaram remuneração média de R$ 2.182,40, bastante inferior à média (R$ 6.512,12)”.