Os sindicatos exigiram respeito e valorização, durante reunião da mesa permanente com a Caixa Federal, realizada hoje (15), em Brasília. No mesmo dia, os sindicatos realizaram protestos (clique aqui) contra medidas unilaterais que visam encolher a Caixa Federal e restringir os direitos dos empregados; entre elas, ampliação do programa GDP (Gestão de Desempenho de Pessoas), verticalização, RH 037 (trabalhador temporário) e o processo de reestruturação que atinge programas sociais como o FGTS e habitação. O diretor do Sindicato, Carlos Augusto Silva (Pipoca) representou a Federação dos Bancários de SP e MS na mesa.
Reestruturação
A Caixa Federal não apresentou detalhes sobre o processo de reestruturação, implantado no último dia 17 de julho. Mais um desrespeito. O primeiro ocorreu ao implantar o processo de reestruturação sem debate com os sindicatos. O que, aliás, está em desacordo com o aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Quanto ao fechamento de agências, os representantes da Caixa Federal descartaram de imediato. Porém, admitiram que 100 agências passam por “acompanhamento” e podem ser objeto de fusão ou fechamento.
Contratação: A Caixa Federal reafirmou que não haverá novas contratações, nem mesmo para repor os empregados que aderiram ao Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE); o prazo de adesão a segunda versão encerrou ontem (14).
Greve geral: Os sindicatos reivindicaram mudança na classificação das ausências no trabalho nos dias 28 de abril e 30 de junho, substituindo “falta injustificada” por “falta greve”. A Caixa Federal assumiu compromisso em analisar a reivindicação. Nos dois dias citados acima, os empregados cruzaram os braços contra as reforma da Previdência Social e Trabalhista.
Temporário
Os sindicatos reivindicaram, novamente, a revogação da RH 037, recentemente adequada à lei 13.429, que prevê a terceirização irrestrita e regulamenta o trabalho temporário, sancionada pelo presidente da República, Michel Temer, no último dia 31 de março (clique aqui). Os representantes da Caixa Federal negaram a contratação de terceirizados e a revogação do normativo.
GDP: Os sindicatos criticaram duramente a ampliação da GDP para todos os empregados, prevista no normativo RH 205. Publicado em julho último, o normativo não esclarece as consequências para quem não aderir ao programa. Pressionada, a Caixa Federal irá esclarecer os empregados sobre o programa até o final deste mês de agosto.
Funcef: Os sindicatos entregaram à Caixa Federal o Relatório sobre o Contencioso, elaborado pela Fenae e Contraf-CUT, que apresenta um panorama do passivo trabalhista do banco e do impacto sobre os planos de benefícios. Os sindicatos reivindicaram a instalação de um Grupo de Trabalho (GT) para tratar de assuntos relacionados à Funcef e cobrou solução para o contencioso. Em 2015, a Caixa Federal concordou com o GT, mas a Funcef se recusou a participar.
PCD: Os sindicatos cobraram da Caixa Federal uma posição sobre a recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) referente a contratação de pessoas com deficiência física (PCDs). A Caixa Federal alega que o TCU não esclareceu como o banco deve proceder para cumprir a recomendação. Pura balela.
Avaliadores de Penhor: A Caixa Federal prorrogou o pagamento do adicional de insalubridade.
Fonte: Fenae
18/08/2017
Sindicatos exigem respeito e valorização da Caixa Federal
Mesa permanente