A Caixa Federal aceitou a proposta formulada pelo Grupo de Trabalho sobre descomissionamento, que prevê melhorias como a garantia do pagamento da função por 60 dias e exclusão da possibilidade de aplicar a dispensa na instauração da análise preliminar, durante a primeira reunião da mesa permanente de negociação neste ano, realizada no último dia 24 em Brasília. No entanto, o banco público não aceitou rever a versão mais recente do RH 184, que permite a suspensão de funções sem critérios, entre outras arbitrariedades.
Penhor: Os sindicatos defenderam prazo de 180 dias para realizar pesquisa sobre as condições de trabalho dos avaliadores de penhor. Os representantes da Caixa Federal disseram que o prazo era longo. Quanto ao adicional de insalubridade, a Caixa Federal concordou em pagar por mais 90 dias.
Desmonte: Os sindicatos destacaram que ao adotar processos de reestruturação e verticalização, expandir as agências digitais e fechar as deficitárias, a Caixa Federal opta por uma gestão voltada ao mercado, reduzindo assim seu papel social. Inclusive a Caixa Federal confirmou o fechamento de agências e PDV direcionado para 10 mil empregados. Falta apenas a aprovação do ministério da Fazenda. E mais: não haverá reposição dos empregados desligados.
Fórum: Os sindicatos reivindicaram a convocação de uma reunião do Fórum Paritário Nacional sobre Condições de Trabalho; na pauta, ampliação dos fóruns regionais em todo o país. Os sindicatos reivindicaram também reunião ampliada do Fórum com representantes de gestores da área de pessoal; na pauta, medidas de combate ao adoecimento mental.
Tesoureiro: Os sindicatos denunciaram que tesoureiros estão sendo deslocados para o atendimento ao público. O que representa risco à segurança. Afinal, os tesoureiros são os responsáveis pelos cofres das unidades.
Avaliação: Para o diretor do Sindicato e representante da Federação dos Bancários de SP e MS na mesa, Carlos Augusto (Pipoca), “a Caixa Federal se equivoca ao sinalizar o abandono de sua vocação como agente de fomento e gestor de políticas públicas. Fortalecer o banco comercial é importante, mas não pode ser a principal estratégia da instituição financeira pública”.
Foto: Fenae