A direção da Caixa e seu presidente Gilberto Occhi desrespeitam e prejudicam todos os participantes do Saúde Caixa, – empregados da ativa, aposentados e beneficiários de pensão. Na tarde de quinta-feira, dia 26, os empregados receberam e-mail sobre reajustes no plano de custeio do Saúde Caixa.
No documento, a direção do banco informa as mudanças a serem aplicadas a partir de 1º de fevereiro. A mensalidade de 2% da remuneração base sobe para 3,46%, o teto do limite de coparticipação anual que era de R$2.400,00 sobe para R$ 4.209,05 e o percentual de coparticipação que era 20% vai para 30%.
Na mesma tarde do envio do comunicado, representantes do banco reunidos com membros do Conselho de Usuários do Saúde Caixa não tocaram no assunto. “Tivemos conhecimento dos reajustes depois que saímos da reunião. Nada foi discutido com o Conselho de Usuários. A Caixa fez de forma arbitraria, sem respeitar os empregados nem o Acordo Coletivo”, afirmou a diretora da APCEF/SP Ivanilde de Miranda, que é membro do Conselho de Usuários do Saúde Caixa.
Portanto, na reunião, foi apresentado ao Conselho de Usuários relatório financeiro 2016, que aponta superávit de R$ 66 milhões. Somando ao já acumulado nos exercícios anteriores, perfaz um total de quase R$ 700 milhões.
Para se ter uma ideia do que isso representa, o custo assistencial de 2016 foi na casa de R$ 1,3 bilhão, ou seja, o valor acumulado corresponde a mais de 50% da despesa assistencial de um exercício completo.
“Não podemos aceitar essa atitude totalmente injustificável da Caixa, pois desrespeita flagrantemente nosso ACT, onerando os empregados e afetando a sustentabilidade do plano, pois, na medida em que transfere o custo cada vez maior aos usuários, torna o plano proibitivo para os menores salários, excluindo estes empregados e encarecendo para os que ficam, promovendo um ciclo vicioso até tornar o plano tão caro que não compense mais aos empregados permanecer nele”, afirma o dirigente da Fenae, Plinio Pavão, que acompanha os debates do Saúde Caixa.
ACT – O Acordo Coletivo, cláusula 32, prevê a possibilidade de reajuste nos itens de custeio do Saúde Caixa para que seja mantida a sustentabilidade do plano, respeitando a proporção – 70% – Caixa e 30% – empregados. Estes reajustes no custeio do plano podem ocorrer, desde que a previsão para o exercício seguinte aponte essa necessidade, o que, atualmente, não é o caso.
Arbitrariedades – A Caixa, durante anos impôs aos representantes dos empregados no Conselho de Usuários (que não é deliberativo) reajustes acima das necessidades de custeio, gerando superávit altíssimos. Essa situação desequilibra a proporção 70% – 30%, fazendo com que os empregados paguem acima dos 30% e a Caixa pague abaixo dos 70%. Ainda, as projeções atuariais indicam que os exercícios de 2017 e 2018, pelo menos, serão superavitários, portanto não se justifica a imposição desses reajustes.
Fonte: APCEF/SP
27/01/2017
Conselho de Usuários julga arbitrário reajuste no Saúde Caixa
Desrespeito