As entidades representativas dos funcionários ativos e aposentados e o Banco do Brasil assinaram no último dia 21 em Brasília memorando de entendimentos, visando o equacionamento do deficit da Cassi (Caixa de Assistência). A proposta final, construída ao longo de dois anos, foi apresentada pelo BB em mesa de negociação realizada no dia 5 de setembro passado, véspera da deflagração da greve da categoria.
Entre outros pontos, o memorando de entendimentos prevê entrada de recursos financeiros da ordem de R$ 40 milhões mensais, sendo R$ 23 milhões pelo BB, via ressarcimento de serviços, e R$ 17 milhões pelos associados, via contribuição extraordinária e temporária de 1% até dezembro de 2019.
O memorando de entendimentos, inclusive, já foi encaminhado à diretoria e ao Conselho Deliberativo da Cassi. Aprovado, o passo seguinte é a consulta entre os associados para saber se aceitam ou não a proposta negociada. Cabe lembrar que a diretora do Sindicato, Elisa Ferreira, é integrante eleita do Conselho Deliberativo. E mais: como sempre destacou em matérias sobre o deficit da Cassi, o Sindicato irá realizar amplo debate, discussão sobre a proposta negociada, antes da possível consulta.
Principais pontos
– Governança, gestão e operacionalização da Cassi, através do desenvolvimento de projetos, com o apoio de empresa especializada de consultoria, para análise e revisão de processos e sistemas. Busca o aperfeiçoamento do modelo de gestão e de governança e dos processos internos, a redução de despesas, a viabilização de parcerias estratégicas e a criação de mecanismos de uso racional dos serviços do sistema integrado de saúde da Cassi.
– Contribuição Temporária e Extraordinária dos Participantes do Plano de Associados de 1% sobre salários e benefícios de aposentadoria até dezembro de 2019.
– Ressarcimento Temporário e Extraordinário de Despesas pelo Patrocinador Banco do Brasil num total de 23 milhões por mês, com o valor sendo reajustado a cada ano.
– Prestação de Contas relativas ao andamento dos trabalhos e à implementação dos projetos trimestralmente, ao Patrocinador e ao Corpo Social, e às Entidades Representativas que compõem a Mesa de Negociação.
– Melhoria da Auditoria e Controles internos, com a instituição de estrutura de assessoramento ao Comitê̂ de Auditoria (COAUD), a fim de oferecer melhores condições para exercer seu papel de apoio ao Conselho Deliberativo em relação à supervisão da gestão dos processos internos, inclusive o acompanhamento dos projetos.
– Aperfeiçoamento do sistema de recrutamento e seleção dos funcionários, de forma que as contratações e promoções sejam realizadas por meio de processo institucional de seleção e ascensão.
– Implementação de sistema de acompanhamento que possibilite a avaliação do desempenho operacional de todas as suas áreas, inclusive de atendimento receptivo, medico e de enfermagem, estabelecendo indicadores e metas, como por exemplo, Satisfação dos Participantes, Clima Organizacional, Controle das Despesas Assistenciais e Administrativas, dentre outros relacionados à sua gestão.