Os empregados de 10 unidades da Caixa Federal em Campinas, Americana, Mogi Guaçu, Sumaré e Valinhos paralisaram os serviços hoje (3), Dia de Luta, contra a RH 184 e extinção da função de caixa e pela manutenção do adicional de insalubridade para os avaliadores de penhor. O protesto atrasou a abertura das unidades em uma hora. Em Campinas, a paralisação envolveu os empregados das unidades Centro, Largo do Rosário, Conceição, Moraes Sales, Avenida Brasil e Amoreiras; na região, uma unidade em cada cidade. Vários empregados usaram roupas e acessórios de cor preta em protesto contra as recentes medidas adotadas pela Caixa Federal, que resultaram em insatisfação e temor. O protesto, cabe registrar, contou com a participação das associações de gestores e da Federação Nacional de Agecefs.
RH 184: A nova versão do RH traz diversos retrocessos para os empregados. Além de extinguir a Função Gratificada de Caixa, acaba com a incorporação do citado benefício após 10 anos de exercício, criando o instrumento “Dispensa Motivada”, em que o empregado pode ser destituído da sua função sem processo disciplinar por decisão do seu gestor imediato e sem direito a incorporar a remuneração. Esse direito garantido pela CLT só será aplicado com a autorização da Diretoria da Caixa. Como disse o diretor do Sindicato Gabriel Musso, “na prática, estas medidas extinguem a incorporação da Função Gratificada, criando um rito sumário para a punição de empregados sem direito de ampla defesa. Além de ilegal, é imoral!”.
Insalubridade: No dia 5 de julho último a Caixa Federal anunciou que iria cortar o pagamento do adicional de insalubridade para os avaliadores de penhor a partir daquele mês. Uma semana depois, em reunião com os sindicatos no dia 12, a Caixa Federal recuou e concordou em manter apenas em julho; mais uma semana, novo recuo: o adicional será pago por 90 dias (até setembro).
Fim do caixa: A Caixa Federal extinguiu a função de caixa; ou seja, quem está fica e, a partir de agora, nenhum empregado será designado para a função.
Avaliação: Para o diretor do Sindicato, Gabriel Musso, o Dia de Luta destacou três recentes maldades aplicadas pela diretoria da Caixa Federal e se transformou no pontapé inicial da Campanha 2016.
Mogi Guaçu (abaixo)
Fotos: Júlio César Costa e Holofoco