A presidente da Caixa Federal, Miriam Belchior, anunciou ontem (10), durante reunião com a Contraf-CUT e Fenae, em Brasília, projeto de reestruturação que teve início no mesmo dia na matriz. Os representantes dos empregados criticaram a posição da Caixa Federal que, novamente, adota medidas de forma unilateral, sem diálogo algum. “Foi um encontro muito rápido, no qual nos foram apresentados os eixos estruturantes e os objetivos da empresa. Não houve nem debate e negociação, já que sequer conhecíamos esse projeto”, destaca o presidente da Contraf-CUT, Roberto Von der Osten. Os representantes dos empregados aproveitaram o momento e reafirmaram a defesa da Caixa Federal 100% pública.
Extinção de Reret
A reestruturação anunciada tem prazo para ser concluída: 15 de abril. Começa pela matriz, passa pelas filiais e depois se estende para as agências. Segundo a presidente Miriam Belchior, as mudanças visam adequar a instituição financeira pública ao atual cenário econômico e torná-la mais ‘eficiente e competitivo’. A diretoria da Caixa Federal, inclusive, pretende liberar empregados da matriz para filiais, centralizadoras e redes. Com base no modelo adotado, serão extintas 437 gratificações e 32 unidades da estrutura da matriz. E mais: está definida a extinção das atuais Reret (Representação de Retaguarda), em decorrência da “centralização do processo de conformidade por imagem, com a disponibilização de dados em nuvem e fila única, o que irá ‘colaborar’ (grifo nosso) com a qualidade dos negócios da Caixa, trazendo o conceito do banco digital”. Resultado: grande parte dos empregados migra para as agências.
Para o diretor do Sindicato, Gabriel Musso, “uma reestruturação de tal magnitude, que impacta na vida, no cotidiano de todos os empregados, exige diálogo e transparência. É inadmissível essa postura, essa via de mão única. A Caixa Federal deve cumprir o negociado, o acordado, como é o caso de novas contratações, e discutir com todos os envolvidos no processo”.
Fonte: Contraf-CUT, com Fenae
14/03/2016
Caixa Federal anuncia reestruturação, sem debate com sindicatos
Falta diálogo. Desrespeito