Reunidos em Curitiba na semana passada (dias 19 e 20), dirigentes sindicais de todo o país avaliaram as ações já realizadas e os próximos passos da luta em defesa do emprego dos bancários do HSBC, a ser incorporado pelo Bradesco a partir de 2016. A compra da operação brasileira do Banco inglês pelo Bradesco, por cerca de R$ 17,6 bilhões, em agosto deste ano, ainda aguarda aval de órgãos reguladores, como o Banco Central.
A coordenadora nacional da COE/HSBC, Cristiane Zacarias, destacou que, além das inseguranças e incertezas que rondam os bancários do HSBC, o processo de venda do Banco inglês também gerou ainda mais assédio moral. “As pressões e ameaças se tornaram mais intensas. Enquanto isso, os trabalhadores continuam aguardando a assinatura do acordo que irá garantir os direitos conquistados nos últimos anos”.
Ações jurídicas
O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região ingressou recentemente Mandado de Segurança onde solicita ao Banco Central acesso às informações do processo de compra e venda. O BC já oficializou sua posição contrária à abertura das informações, por se tratar de um processo sigiloso, mas a ação ainda não foi julgada.
Luta internacional
A preocupação dos bancários brasileiros com o emprego no HSBC foi manifestada durante a 18ª reunião do Comitê Executivo Mundial da UNI Global Union, que aconteceu no último dia 11 de novembro, na Suíça. O presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, sugeriu que a UNI interpele o governo britânico. “No Brasil, denunciamos que 21 mil famílias estão inseguras e que o HSBC recebeu um Banco saneado, lucrou por 18 anos e, por decisão burocrática da sua estratégia global, resolveu abandonar o país”.
Foto: (Julio Covello/SEEB Curitiba)
Fonte: Seeb Curitiba