O Banco do Brasil não trata a saúde dos funcionários com igualdade e responsabilidade. É o que ficou evidente na segunda rodada de negociação da pauta específica, visando a renovação do Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), com o Comando Nacional dos Bancários e Comissão de Empresa (CEE), realizada hoje (25), em Brasília. Para o presidente do Sindicato, Jeferson Boava, que participou da rodada, “a postura do BB na mesa indica ‘desconhecimento’ sobre as condições de trabalho”.
Após reivindicar medidas que evitem a violência organizacional (provocada por assédio moral e intensificação do trabalho que resulta em adoecimento), os representantes dos funcionários criticaram duramente o descomissionamento pós retorno de tratamento de saúde e reivindicaram o compartilhamento da rede de atendimento dos planos de saúde (Cassi e Economus, por exemplo). E mais: os representantes dos funcionários reivindicaram também que as despesas médicas para tratamento de adoecidos em decorrência do trabalho seja de responsabilidade do BB e não da Cassi ou até mesmo da Previdência Social. Os representantes do Banco demonstraram a intenção de debater o assunto em mesa específica. “Apesar de avanços em alguns pontos, o BB não tem uma política completa voltada à saúde dos funcionários. Falta instrumentos que, de fato, possibilitem a proteção da saúde dos funcionários. É preciso olhar o problema com mais seriedade”, destaca o presidente do Sindicato.
Cassi –No que se refere a inclusão dos funcionários de Bancos incorporados à Cassi, os representantes do BB disseram que só podem discutir o tema depois que for resolvido o atual deficit da Caixa de Assistência. Quanto ao fortalecimento da Estratégia Saúde da Família, o BB concorda em aprofundar o debate, desde que seja na mesa específica sobre a Cassi. O BB não aceita melhorar os reembolsos médicos e hospitalares e passar o plano odontológico à Cassi, inclusive prestando atendimento aos aposentados.
Ato de gestão
O Comando Nacional e a CEE cobraram, novamente, o fim das demissões e descomissionamentos por ato de gestão, quando não é dada nenhuma justificativa ao funcionário. Inclusive reivindicaram a extinção desses atos, que, muitas vezes, tem servido apenas para ameaçar os funcionários. Para os representantes do BB os casos de demissão e descomissionamentos são pontuais; portanto, não vêem neste momento a necessidade acabar com esse instrumento.
Rodada: A terceira rodada será realizada na segunda-feira, dia 31. Na pauta, segurança, igualdade de oportunidades e isonomia.
Calendário
31/08: Segurança, igualdade de oportunidades e isonomia.
11/09: Cláusulas sociais e previdência complementar.
18/09: Remuneração e Plano de carreira.
Foto: Augusto Coelho