Reunidos em Encontro Nacional, realizado ontem (19) e hoje (20) em São Paulo, dirigentes sindicais discutiram a pauta de reivindicações específicas dos bancários do Mercantil do Brasil e as estratégias de luta. Na abertura do Encontro, promovido pela Comissão de Organização dos Empregados (COE) na sede da Contraf-CUT, foram apresentados e debatidos os dados do último balanço do Mercantil do Brasil. No primeiro semestre deste ano, o lucro líquido foi de R$ 48,5 milhões. O que representa um resultado significativo comparado com o mesmo período do ano passado, quando o Mercantil do Brasil teve prejuízo de R$ 76,1 milhões. Segundo o Dieese, com esse resultado, a rentabilidade ficou em 14,17%.
Entre as reivindicações da pauta específica, Programa Próprio de Participação nos Lucros e Resultados (PPPLR) para todos os 2.778 funcionários; entre eles, 80 estão lotados em 10 agências na base do Sindicato. “O atual modelo de distribuição é discriminatório; apenas a área comercial é contemplada. Apesar de desempenhar suas funções dentro da estratégia definida pelo Mercantil do Brasil, os funcionários da chamada área administrativa (gerente de serviço, supervisor, tesoureiro, caixa e escriturário) não recebem sequer um centavo”, frisa a diretora de Imprensa do Sindicato, Maria Aparecida da Silva (Cida), que participou do Encontro em São Paulo.
Cava – O futuro da Caixa de Assistência Vicente Araújo (Cava) foi amplamente debatido, principalmente porque o Mercantil do Brasil tem acenado com o fim do seguro. O Encontro decidiu orientar os sindicatos a ingressar ações na Justiça, visando resguardar os direitos dos funcionários participantes da Cava.
COE – Após definir o rumo da luta no Mercantil do Brasil, os dirigentes sindicais reconduziram Marco Aurélio Alves (Sindicato de BH) à coordenação da COE nacional; o dirigente Ede Queiruja (Sindicato de Araraquara) assumiu a coordenação da COE estadual.
Fotos: Contraf-CUT