O governo federal decidiu vender ações do Banco do Brasil, que estão no Fundo Soberano, uma espécie de “ poupança” para ser utilizada em caso de crise, criado em dezembro de 2008. A operação, segundo a grande imprensa, começou na surdina no dia 29 de junho último e já vendeu nada menos que 5,6 milhões de papéis, rendendo algo próximo de R$ 128,8 milhões. O comandante da operação, Joaquim Levy, ministro da Fazenda, sequer comunicou o presidente do Banco do Brasil, Alexandre Abreu.
O que leva um país a se desfazer de papéis de uma empresa pública? A justificativa apresentada são as contas, o caixa anêmico. Para gerar receita, cumprir a meta do superavit primário (fixada em 1,1% do PIB) e diante das dificuldades no Congresso Nacional, onde algumas medidas do ajuste fiscal estão empacadas, o ‘agente do mercado’, instalado no ministério da Fazenda, não pensa duas vezes: vende, queima o patrimônio público e ponto final.
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Leia a matéria Em debate, a participação de capital estrangeiro no Banco do Brasil, disponibilizada no dia 4 de novembro de 2013, onde os economistas Maria Alejandra Madi e Lício da Costa Raimundo fazem uma análise da decisão do governo naquele ano. (clique aqui).