O programa de Ação Gerencial Itaú de Resultados (AGIR) para os bancários do setor comercial, foi o tema central da reunião entre os sindicatos, Comissão dos Empregados (COE) e direção do Itaú, realizada ontem (15), na sede do Banco, em São Paulo. Inicialmente, o Itaú fez uma apresentação dos resultados do programa de metas, controlado por atribuição de pontuação individual de cada funcionário.
Os dirigentes sindicais apontaram diversos problemas no AGIR, com efeitos negativos sobre os funcionários, deixando clara a necessidade de mudança. “O AGIR é um programa unilateral de metas. De um lado, resulta em lucro para o Itaú; de outro, em adoecimento dos funcionários. Para agravar, todos trabalham intensamente para atingir as metas, muitas vezes inatingíveis, porém poucos se beneficiam. Portanto, é um programa discriminatório”, avalia o vice-presidente do Sindicato e integrante da COE, Mauri Sérgio, que participou da reunião acompanhado dos diretores Donizetti, Samuel e Cézar.
Além do adoecimento, o vice-presidente do Sindicato apontou problemas relacionados às férias e aos afastamentos para tratamento de saúde. “Nem o sagrado direito das férias é respeitado. Em algumas situações, os funcionários são obrigados a optar apenas por 20 dias de férias. Mas, antes, deve cumprir a meta do mês em apenas 10 dias. No que se refere aos afastados, o drama é maior. Como cumprir uma meta de seis meses, por exemplo, é um mês? Aliás, os funcionários que retornam não podem ser cobrados dentro do AGIR; precisam, na verdade, passar por um período de readaptação”.