O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que vai analisar o impacto no mercado financeiro da venda dos ativos do HSBC no Brasil, bem como verificar as consequências sociais da medida, durante reunião com representantes dos bancários no último dia 1º, em Brasília. “Apesar de ser uma transação entre Bancos privados, temos uma série de medidas que podem ser aplicadas para resguardar a sociedade. Temos remédios para o caso de danos extremos. O que é muito bom para a população e trabalhadores”, disse Tombini.
Já o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinícius Marques de Carvalho, garantiu que vai atuar na venda dos ativos do HSBC no Brasil, durante reunião realizada no último dia 30 com parlamentares e representantes da Comissão de Organização dos Empregados (COE), também em Brasília.
O presidente do Cade destacou que vai “fazer com que o HSBC cumpra suas responsabilidades para sair do mercado brasileiro. O principal fiscalizador desse processo é o Banco Central, mas nós também vamos analisar a fundo todo o processo”. Segundo decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), cabe ao Banco Central atuar como ente regulatório setorial em casos de fusões de Bancos e o Cade atua como autoridade antitruste.
CPI do HSBC
Após o encontro no Cade, os representantes dos bancários se reuniram com o senador Paulo Rocha, presidente da CPI do HSBC, no gabinete da senadora Gleisi Hoffmann. Além de dar um breve relato sobre a CPI do HSBC, o senador destacou que o momento requer a participação dos trabalhadores na Comissão Parlamentar de Inquérito.
Reunião com HSBC
Os sindicatos reafirmaram o pedido para que seja elaborado um documento que garanta a manutenção do emprego, durante reunião com o HSBC em São Paulo, no dia 29 de junho último. O diretor de Relações Trabalhistas, Marino Rodília, e o diretor de Recursos Humanos, Juliano Marcílio, negaram o pedido dos sindicatos. Garantiram, no entanto, que não haverá PDV (Plano de Demissão Voluntária), nem demissões fora da rotatividade normal.
A reunião, denominado de acompanhamento, foi definido durante encontro com os citados diretores do HSBC no último dia 10 de junho. Na ocasião, os diretores do HSBC negaram demissões em massa e concordaram em se reunir quinzenalmente para discutir os impactos da venda da instituição no que se refere ao emprego.
Jornada Internacional
O Sindicato distribuiu nas agências do HSBC, em Campinas, no último dia 30, o jornal Rede Global Bancária, editado pela UNI Américas Finanças e Comitê de Finanças da CCSCS. “O jornal integra a Jornada das Américas em defesa do emprego, realizada no mesmo dia em todos os países da América Latina em que o banco inglês atua”, esclarece o diretor do Sindicato, Danilo Anderson.
Foto: Júlio César Costa
07/07/2015
Sindicatos defendem emprego no HSBC, em reunião com Banco Central e Cade
HSBC