Os sindicatos apresentaram à Fenaban, durante a retomada da mesa temática de Saúde do Trabalhador, realizada nos dias 25 e 26 últimos, análise do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) sobre os dados de afastamentos do trabalho repassados pela própria entidade patronal, no final do ano passado. O diretor de Saúde do Sindicato, Gustavo Frias, participou da mesa.
Segundo os dados da Fenaban, o grau de adoecimento nas agências é maior que nos departamentos e a incidência de transtornos mentais é superior em cargos de gerência. “Em julho o Grupo de Trabalho (GT) Análise dos Afastamentos, assegurado pela cláusula 63ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) volta a se reunir, com a participação de equipes técnicas dos sindicatos e dos Bancos”, destaca o diretor do Sindicato.
Assédio moral
Na avaliação do Protocolo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho (cláusula 57ª da CCT), mais conhecido por programa de combate ao assédio moral, os sindicatos exigiram tratamento igualitário no retorno das denúncias. Isso porque as denúncias apresentadas diretamente pelos funcionários têm respostas dos Bancos em cinco dias, enquanto as encaminhadas pelos sindicatos aguardam o prazo previsto na CCT, que é de 45 dias. “Tudo aponta para uma estratégia dos Bancos em esvaziar os canais dos sindicatos. O que não é correto”, avalia Gustavo Frias.
Além da diferença no prazo para respostas, as denúncias encaminhadas pelos funcionários são cinco vezes mais que as apresentadas pelos sindicatos. Na soma geral, as denúncias passaram de 137 para 784, no período de 2011 a 2014. “O que é muito grave, pois demonstra que o ambiente de trabalho piora a cada ano. Tudo em decorrência das metas de produtividade impostas aos funcionários”, observa o diretor de Saúde do Sindicato.
O Protocolo volta a ser debatido em reunião a ser realizada no dia 28 de julho. Na ocasião, a Fenaban irá repassar os dados consolidados no primeiro semestre deste ano.
Foto:Jaílton Garcia – Contraf-CUT