O HSBC reafirmou em reunião com os sindicatos dos bancários de São Paulo e Curitiba, a Federação dos Bancários de SP e MS e a Contraf-CUT, na capital paulista, realizada no último dia 10, que tem a intenção de vender seus ativos no país, mas negou demissões em massa.
O presidente do Sindicato e secretário-geral da Federação dos Bancários de SP e MS, Jeferson Boava, que participou da reunião, destaca que “os representantes do HSBC, Marino Rodília, diretor de Relações Trabalhistas e Juliano Marcílio, diretor de RH, confirmaram a pretensão de entregar o Banco, ao futuro controlador, operando, sem redução do grau de maturidade e eficiência da equipe”.
Após esclarecimentos, o HSBC concordou em realizar reuniões quinzenais com os sindicatos para acompanhamento do processo de venda, que deve ser transparente.
A reunião foi marcada logo após a matriz do HSBC anunciar mudança estratégica no seu modelo de negócios no Brasil, confirmando que pretende vender sua operação no país, no último dia 9. O anúncio foi feito em Londres pelo CEO do Grupo, Stuart Gulliver, durante apresentação da Atualização da Estratégia do HSBC para investidores. Em seguida, a grande imprensa brasileira publicou informações sobre o encerramento das atividades do banco inglês no país e demissões de até 50 mil pessoas em todo o mundo. O presidente do HSBC Brasil, André Brandão, em nota aos funcionários, divulgada no mesmo dia 9, negou o encerramento das atividades no país.
Para Jeferson Boava a venda do HSBC não pode gerar clima de insegurança, intranquilidade nos locais de trabalho, como o ocorrido no último dia 9, após a grande imprensa noticiar as declarações do presidente mundial da instituição financeira inglesa. “O Sindicato vai acompanhar de perto todo o processo de venda e está ao lado dos funcionários, defendendo sempre a manutenção do nível de emprego, seja perante o HSBC ou ao novo controlador”.