Sob a coordenação do Sindicato, os bancários do Itaú Bonfim (ex-Unibanco) paralisaram os serviços hoje (19) até às 11h, atrasando o atendimento ao público em uma hora, em protesto contra o fechamento da agência, previsto para a próxima sexta-feira (22). Em menos de 15 dias, é a segunda agência do ex-Unibanco fechada pelo Itaú em Campinas. A primeira, neste mês de maio, foi a agência Barão Geraldo. Inclusive o Sindicato coordenou paralisação de 24h no último dia 6; o fechamento ocorreu no dia 8.
O Itaú informou que os funcionários das duas agências serão realocados. As paralisações tiveram como objetivo reafirmar a defesa do emprego. Em carta aberta, distribuída durante a paralisação, o Sindicato avisa que não aceita demissões e cobra manutenção do nível de emprego.
Leia abaixo a íntegra da carta.
Itaú fecha mais duas agências em Campinas
Sindicato exige garantia de emprego
O Banco Itaú anunciou que as agências Barão Geraldo e Bonfim, instaladas em Campinas, serão fechadas nos dias 8 e 22 deste mês de maio, respectivamente. Segundo informação extraoficial, o Itaú pretende fechar 200 agências em todo o país. Essa política de fechamento de agências não é nova, não começou neste ano. Em 2014, apenas para ilustrar, foram fechadas as agências Norte-Sul, PAB Ceasa, Botafogo (Avenida Barão de Itapura) e Fórum (Avenida Francisco Glicério), em Campinas. Sem falar que, em novembro do ano passado, o Itaú fechou a área operacional do segmento Empresarial.
Desde o primeiro momento, o Sindicato exigiu garantia de emprego. No caso das agências, o Itaú assumiu compromisso em realocar todos os funcionários. Vamos acompanhar de perto todo esse processo. Afinal, garantia de emprego é bandeira prioritária do movimento sindical bancário, principalmente no Itaú que, em 2014, fechou 2.521 postos de trabalho; em 2013, foram fechados 2.734 postos de trabalho.
Hoje, é um dia de protesto contra a decisão do Itaú; o maior Banco privado do Brasil que, em 2014, lucrou R$ 20,242 bilhões e, no primeiro trimestre deste ano, obteve lucro líquido de R$ 5,733 bilhões. O Sindicato não aceita agora e nem depois que os atuais realocados sejam demitidos. Nossa luta é pela manutenção do nível de emprego.
Cliente e usuário, contamos com seu apoio e compreensão.
Campinas, Maio de 2015
Fotos: Júlio César Costa