Em 2014 foram mortas 66 pessoas durante assaltos a bancos, aponta pesquisa realizado pela Contraf-CUT e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), com base em notícias da imprensa e com apoio técnico do Dieese. Uma média de 5,5 vítimas fatais por mês, o que representa aumento de 1,5% em relação a 2013, quando foram registradas 65 mortes. A pesquisa foi divulgada no dia 24 de fevereiro último, em Brasília.
As principais ocorrências (48,5%) foram: crime de “saidinha de banco”, que provocou 32 mortes; assalto a correspondentes bancários (24,2%), que matou 16 pessoas; transporte de valores (13,6%, que vitimou 9 pessoas, e assalto a agências (10,6%), que tirou a vida de sete pessoas. Houve também duas mortes em ataques a caixas eletrônicos.
Novamente, as principais vítimas (54,5%) foram os clientes (36), seguidas de vigilantes (10) e policiais (8). As demais mortes são de transeuntes, donos ou empregados de correspondentes bancários e vítimas de balas perdidas em tiroteios entre assaltantes de bancos e policiais.
A pesquisa também revela a faixa etária das vítimas, quase sempre identificada nas notícias da imprensa. As idades entre 31 a 40 anos e acima de 60 anos foram as mais visadas, com 14 mortes cada (21,2%), seguida pela idade de 41 a 50 anos, com 13 mortes (19,7%), e a idade até 30 anos, com 9 mortes (13,6%). Já o gênero das vítimas continua sendo liderado pelos homens (57), o que representa 86% dos casos. Também foram assassinadas nove mulheres (14%).
Para o diretor do Sindicato, Danilo Anderson, que participa do debate sobre segurança, “a conclusão é uma só: faltam investimentos por parte dos bancos, que tratam a questão da segurança com verdadeiro descaso”.
Fonte: Contraf-CUT com CNTV e Dieese
16/03/2015
66 mortes em assaltos a bancos em 2014, aponta pesquisa
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