Em reunião com a superintendência de Relações Sindicais do Santander, na semana passada, na Torre em São Paulo, as diretoras do Sindicato Vera Moreira e Patrícia Delgado (foto ao lado, respectivamente) defenderam que o plano de saúde de ex-funcionários e aposentados permaneça nos moldes do vigente no período de trabalho. Mais uma vez, os representantes do Santander negaram. E, diante da falta de informações sobre o plano imposto unilateralmente, as diretoras solicitaram que os participantes sejam avisados com antecedência de 60 dias sobre reajustes, correções. O banco espanhol vai analisar.
Os ex-funcionários e aposentados, que pagam o plano Saúde Bradesco ou Unimed, vivem um verdadeiro drama desde 2013. Neste ano, sem discussão com os sindicatos, o Santander implantou a retirada do subsídio de forma gradual, que termina em 2018 e introduziu o chamado ‘custo por faixa etária’, que cresce ano a ano. O Santander alega que as mudanças estão em conformidade com a Resolução Normativa nº 279 da Agência de Saúde Suplementar (ANS), que regulamenta a permanência no plano de saúde de ex-funcionários e aposentados. Inclusive em carta aos participantes diz que o fim gradual do subsídio é uma forma de valorizar quem contribuiu para o crescimento da instituição. É provocação mesmo. Afinal, em 2018 quem quiser permanecer no plano terá de arcar com todos os custos. O que ficará impraticável.
Para a diretora Vera Moreira, a bandeira do Sindicato e dos participantes é apenas uma: manter o plano idêntico ao vigente na ativa. “Desde a implantação das mudanças, o Sindicato tem procurado o Santander, visando manter as regras anteriores. Diante da falta de diálogo com seriedade, ingressamos ação na Justiça. Esse é o quadro atual. Não vamos desistir”. Já a diretora Patrícia Delgado destaca que “atender a reivindicação do Sindicato significa valorizar, de fato, aqueles que ao longo de uma carreira profissional contribuíram para o desenvolvimento do Santander”.
03/03/2015
Santander insiste no plano de descontentamento
Plano de Saúde