Os sindicatos e o Banco do Brasil se reuniram pela primeira vez, ontem (04/12), para discutir a forma de cobrança de metas, mesa temática prevista no Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). O debate foi aberto com a denúncia que, em várias agências, administradores cobram de forma excessiva as metas via mensagens de texto (SMS) e até via Whatsapp. E mais: além dos resultados, cobram respostas às mensagens enviadas com cobranças extras. Cabe aqui, lembrar, que a CCT proíbe a cobrança de metas por mensagens enviadas para o telefone do bancário, seja SMS ou Whatsapp. Veja a seguir outros pontos debatidos.
Sinergia: Número excessivo dos chamados “desafios diários”, onde a soma das metas é maior que o orçamento inicial. Frequente mudança do orçamento de metas durante o semestre.
GDP: Os sindicatos se posicionaram contra as metas na Gestão de Desempenho Profissional (GDP). Vários administradores, diga-se de passagem, fazem anotações, incluindo as metas referentes aos desafios.
PIN: Os sindicatos denunciaram que a ferramenta Painel de Informação Negocial (PIN), disponível na intranet, é uma forma disfarçada de ranqueamento; afinal está acessível a qualquer funcionário com filtros de ranking. O que é proibido pela CCT.
Avaliação: Para o presidente do Sindicato, Jeferson Boava, a falta de funcionários agrava o problema. “As metas são abusivas, irreais. E, diante de um quadro reduzido e até com falta de pessoal, a pressão se intensifica. Para complicar a situação, na base do Sindicato têm agências fechadas há meses, em decorrência de explosões, ataques. A performance, naturalmente, não poderá sequer ser a mesma. Afinal, faltam condições de trabalho, estrutura”.