Depois de um mês com a pauta de reivindicações da categoria em mãos, a Fenaban não apresentou nenhuma contraproposta referente à PLR (Participação nos Lucros e Resultados), que era o ponto em debate na mesa de negociação na última quinta-feira (11), segundo dia da quarta e última rodada programada. Diante de um quadro indefinido, a Fenaban e o Comando Nacional dos Bancários estabeleceram um novo calendário de negociação.
No dia 16, terça-feira, pendência da rodada sobre saúde; em destaque, os dados sobre os afastamentos de bancários para tratamento de saúde e o resultado do II Censo da Diversidade, realizado entre os dias 17 de março e 9 de maio deste ano. No dia 17, quarta-feira, pendências sobre condições de trabalho, emprego, segurança e igualdade de oportunidades. E, no dia 19, (sexta-feira), a Fenaban e Comando voltam a se reunir para negociar as cláusulas econômicas. Os bancos assumiram compromisso em apresentar a chamada proposta global.
Dia de Luta
Reunido logo após o encerramento da negociação realizada no último dia 11 com a Fenaban, o Comando decidiu orientar os sindicatos a transformar a data 15 de setembro, segunda-feira, num grande Dia de Luta contra a enrolação dos bancos na mesa.
Para o presidente do Sindicato, está claro que o momento exige mais mobilização. “No período de um mês, quatro rodadas e nenhuma contraproposta. Foram oito dias em que a Fenaban se limitou em dizer não ou desconversar. Temos mais uma semana de negociação onde se busca aumento real de salários, um novo modelo de PLR (três salários mais valor fixo de R$ 6.247,00), com distribuição mais justa, contratação total da remuneração variável, valorização dos pisos, fim das metas e assédio moral, dentre outros pontos. Os bancos reúnem todas as condições em apresentar uma proposta decente. A categoria, por sua vez, está mobilizada. Chegou a hora de ampliar o movimento”.
O que foi debatido dia 10
No primeiro dia (10) da quarta rodada, foram debatidos pontos como reajuste de 12,5%, 14º salário, piso para comissionados, isonomia salarial, parcelamento do adiantamento de férias, vales refeição, alimentação e cesta e auxílio educação. A Fenaban se limitou em dizer que considera “muita estranha” a reivindicação do 14º salário. Quanto ao piso para comissionados, alegou tratar de “política de cada empresa”. No que se refere à isonomia, não concorda. Pressionada, a Fenaban pode mudar.
Fotos: Júlio César Costa e Denny Cesare