Diante do que está estabelecido no Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) – pagamento integral de horas extras nas agências com até 15 empregados -, os sindicatos reivindicaram que essas unidades não tenham dotação orçamentária referente à prorrogação da jornada. A adoção dessa medida evitaria que os gestores impedissem os empregados de optarem pelo pagamento das horas trabalhadas além da jornada normal.
A solução encontrada pela Caixa Federal foi a divulgação de nova orientação, ressaltando a cada gestor a questão do respeito aos direitos dos trabalhadores. O entendimento é de que a obrigatoriedade da compensação precisa ser descartada.
Outro item questionado foi o do texto da CE 081, de 14 de abril de 2014, que estabelece os percentuais de compensação das horas extras nas demais agências. Como a circular dá margens para variadas interpretações, os sindicatos reivindicaram a edição de uma nova orientação, prontamente atendida pela Caixa Federal, que assumiu o compromisso de divulgar nova circular nos próximos dias.
Gestão de desempenho
Os sindicatos não foram consultados sobre a nova metodologia para gestão de desempenho de pessoas. Os representantes dos empregados destacaram que a cultura do individual e da rotulação de empregados se contrapõe a princípios históricos defendidos pelos trabalhadores. A Caixa Federal, no entanto, assumiu compromisso em detalhar o programa para os sindicatos. O que deve ocorrer em data a ser agendada após a realização do 30º Conecef, que acontece neste final de semana (dias 6, 7 e 8), em São Paulo.
Mais contratações
Os sindicatos apontaram diminuição do volume de contratações em todo o país e demonstraram preocupação com o tamanho das dotações em vigor para unidades novas e antigas. A falta de empregados, naturalmente, já aumenta a sobrecarga de trabalho. A expansão da rede, que não acompanha o aumento das demandas, agrava ainda mais o problema.
A Caixa Federal não concordou com essa avaliação. Segundo os representantes da instituição financeira pública, de 2012 a abril de 2014, foram contratados 20.811 novos empregados, dos quais 1.363 apenas neste ano. De acordo com a Caixa Federal, no período citado, aumento de 16,9% nas contratações, passando de 85.633 empregados (janeiro de 2012) para 99.414 (abril de 2014). “Porém, a sobrecarga de trabalho é real, concreta. Faltam novos empregados”, destaca o diretor do Sindicato, Pipoca.
Estágio probatório
Os sindicatos denunciaram os casos de empregados que são desligados por gestores, devido ao não cumprimento da meta de venda de produtos. Isso tem ocorrido nas diversas regiões do país e, em algumas situações, a intervenção das Gipes resolve, mas em outras não.
Como não há tratamento adequado para os procedimentos previstos na RH 002, os representantes dos empregados solicitaram um posicionamento da Caixa Federal em relação ao estágio probatório, definindo que esse período inicial seja dedicado a capacitação e inclusão e não de exclusão. Para o diretor do Sindicato, Pipoca, o estágio está sendo mal conduzido. “Em abril último, o Sindicato garantiu, via ação judicial, a reintegração de três empregados demitidos antes de completar o período de 90 dias de experiência. As demissões foram irregulares, pois a Caixa Federal não apurou, concretamente, os conhecimentos dos novos empregados. Inclusive não ocorreu treinamento eficaz”.
Fórum sobre condições de trabalho
Após relatos da reunião do Fórum Paritário sobre Condições de Trabalho, realizado no dia 22 de maio último, discutiu-se a proposta que prevê a constituição de fóruns no âmbito de cada Gipes, com o objetivo de tratar das questões regionais e manutenção do fórum regional, quando o tema exigir uma maior abrangência.
Fonte: Contraf CUT
05/06/2014
Sindicatos exigem melhores condições de trabalho na Caixa Federal
Mesa permanente
Os sindicatos cobraram da Caixa Federal, durante rodada da mesa permanente no dia 28 de maio passado, medidas urgentes e consistentes visando melhorar as condições de trabalho em todas as unidades. O diretor do Sindicato, Carlos Augusto Silva (Pipoca), participou da mesa como representante da Federação dos Bancários de SP e MS. Confira a seguir os principais pontos debatidos.
Horas extras