Em protesto contra a falta de segurança, três agências de negócios do Itaú estão fechadas por tempo indeterminado, sendo duas em Campinas e uma Itapira. Os bancários da agência Botafogo, localizada na Avenida Barão de Itapura em Campinas, paralisaram os serviços no último dia 13, diante da falta de porta giratória com dispositivo de alarme detector de metais e serviço de vigilante. Nas agências Fórum (Avenida Francisco Glicério esquina com Avenida Campos Salles, em Campinas) e Bernardino de Campos (em Itapira) os serviços foram suspensos no último dia 19 por falta de porta e vigilante, respectivamente.
As paralisações dos funcionários nas três agências, coordenada pelo Sindicato, tem como objetivo a reinstalação do equipamento de segurança, retirado pelo Itaú ao mudar o perfil das unidades bancárias para a denominada Agência de Negócios, e manutenção do serviço de vigilante. O Banco das famílias Setubal, Vilella e Salles, para justificar a medida, informa que não circula dinheiro em espécie nesse novo modelo de agência. Mas, curiosamente, tem caixas eletrônicos. A retirada da porta desrespeita a lei municipal nº 7.605 (de 09/09/1993), em Campinas, e a ausência de vigilante fere a lei federal nº 7.102, que trata da segurança em estabelecimentos financeiros e do serviço de vigilância.
Para o vice-presidente do Sindicato, Mauri Sérgio, a medida do Itaú é ilegal. “A decisão do Itaú em retirar a porta giratória e suspender o serviço de vigilância fragiliza o ambiente de trabalho. A atividade bancária é regulamentada e existem normas de segurança. Não podemos aceitar essa alteração, que representa ameaça à vida de clientes, usuários e funcionários. Inclusive o Sindicato já encaminhou pedido de fiscalização aos órgãos competentes”. O vice-presidente se refere ao Procon Campinas, a Delegacia de Controle de Segurança Privada (Delesp), ligada à Polícia Federal (PF), e à Divisão de Uso e Ocupação do Solo (Duos), da Secretaria Municipal de Urbanismo.
Federação cobra suspensão das Agências de Negócios
A Federação dos Bancários de SP e MS solicitou ao superintendente de Relações Sindicais do Itaú, Marco Aurélio Oliveira, que seja suspensa a implantação das chamadas Agências de Negócios, projetadas sem porta giratória e sem serviço de vigilante. A solicitação foi apresentada durante reunião na sede da Federação, no último dia 14. O superintendente do Itaú reconheceu a vulnerabilidade das agências e se comprometeu em apresentar o pedido à diretoria do Itaú. Um dia antes (13) a Contraf-CUT fez a mesma solicitação ao superintendente Marco Aurélio Oliveira, durante reunião da Comissão de Organização dos Empregados (COE) e representantes do Itaú.
Dado: Em todo o país, já foram implantadas 200 agências de negócios e mais 150 estão em fase de planejamento.