Os sindicatos cobraram da Caixa Federal, durante reunião da mesa de negociação permanente realizada no dia 16 de abril último, o cumprimento de cláusula do aditivo a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que prevê o pagamento de todas as horas extras em unidades com até 15 empregados.
Os representantes da Caixa Federal alegaram que não têm conhecimento do problema; a medida entrou em vigor no dia 1º de janeiro passado. Segundo eles, nos meses de janeiro e fevereiro problemas no sistema dificultaram a marcação das horas, mas que já foi normalizado. Ainda, segundo a Caixa Federal, no início de cada mês o empregado deve entrar no Sipon e marcar a opção requisitando o pagamento.
Para o diretor do Sindicato e representante da Federação dos Bancários de SP e MS na mesa, Carlos Augusto Silva (Pipoca), que participou da reunião, a Caixa Federal não está respeitando a maioria dos compromissos assumidos nas mesas anteriores, visando a melhoria das condições de trabalho na retaguarda. “A situação dos tesoureiros, por exemplo, piorou”, destaca Pipoca. Segundo ele, os sindicatos cobraram também transparência no processo de reestruturação.
Fórum PSIC: encerrado
Como as discussões não avançaram, não resultaram em nenhum ponto consensual, os sindicatos descartaram a participação no Fórum do PSIC. “Vamos continuar defendendo propostas referentes ao Processo de Seleção Interna por Competência nas futuras mesas de negociação permanente”, esclarece o diretor do Sindicato, Pipoca.
Promoção por mérito
A Caixa Federal apresentou dados que revelam avanços na promoção por mérito. Em 2013, 89,37% dos empregados elegíveis foram promovidos, enquanto que no ano anterior, 2012, esse percentual foi de 81,74%. Os sindicatos solicitaram que fossem apuradas denúncias de que empregados deixaram de receber os deltas por conta de faltas. A promoção por mérito é uma importante conquista dos empregados do banco, obtida com as greves de 2007 e 2008, e que representa crescimento na carreira e aumento salarial.
Bancário temporário
Os sindicatos reivindicaram a revogação da RH 037 que trata da contratação de bancários temporários. A Caixa Federal disse que, desde 2010, não é feito esse tipo de contratação, atendendo ao que foi negociado com o movimento sindical e ao termo de ajustamento de conduta assinado no Ministério Público do Trabalho. Os representantes da Caixa não souberam explicar porque a norma não foi revogada ainda. Cabe resgatar que o fim da chamada terceirização começou em Campinas. Uma longa batalha judicial, iniciada em 1995, e vencida em 2003. A partir desse momento, a conquista do Sindicato se estendeu para todo o país.
Incorporação do REB
Os representantes da Caixa Federal informaram na negociação que houve avanço no processo de incorporação do REB. Uma comissão formada por dirigentes e gestores da Funcef e da Caixa Federal esteve reunida no dia 10 de abril último com o superintendente nacional de Previdência Complementar (Previc), José Maria Rabelo. Na reunião, foram definidas a criação de um grupo técnico e uma agenda de trabalho, visando construir uma alternativa para viabilizar a incorporação.
Fórum Paritário: O Fórum Paritário de Condições de Trabalho volta a se reunir no dia 22 deste mês de maio, em Brasília.
19/05/2014
Caixa Federal desrespeita acordo ao não pagar todas extras em unidades com até 15 empregados
Direito