
A bancarização, caminho escolhido estrategicamente pelos bancos, segundo a técnica do Dieese, Regina Camargos, que também participou da segunda etapa do Ciclo, pode ser benéfica para a população brasileira, mas representa hoje retrocesso para os trabalhadores bancários. O outro lado da moeda chamada inclusão financeira mostra que os bancos optaram em promover a bancarização pela porta dos fundos. “Bancarização significa, neste momento histórico, precarização do trabalho bancário”, destaca a técnica do Dieese. Segundo ela, a bancarização poupa emprego porque se processa via internet, mobile banking (banco por celular) e correspondente bancário. Na opinião de Regina Camargos, o correspondente bancário além de não seguir a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária, gerando assim um posto de trabalho de segunda classe, não respeita a legislação sobre segurança. Em outros termos, a bancarização é uma ameaça ao emprego do bancário e à vida de clientes e funcionários. A técnica do Dieese, no que se refere ao emprego, disse também que a partir de 2012, depois de uma fase de crescimento, os bancos iniciaram uma política de fechamento de postos de trabalho. “Os bancos privados fazem ajustes, demitem mesmo; o Banco do Brasil estagnou; na contramão está a Caixa Federal, que vive uma fase ainda de contratação”. Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, anunciado como um dos debatedores, não pode participar por motivos particulares. A segunda etapa do Ciclo reuniu várias pessoas, entre dirigentes sindicais e bancários.
Fotos: Júlio César Costa