O Itaú anunciou em fevereiro último que iria recolher as agendas 2014 que marcavam o dia 31 de março como “aniversário da revolução de 1964”. A revelação de que o Banco das famílias Setubal, Vilella e Salles distribuiu agendas que promovem a “revolução de 1964” foi do jornalista Mário Magalhães, em seu blog no portal UOL.
Tudo indica que não foi ato falho. O patrocinador da Seleção na Copa 2014, na verdade, manifestou saudades dos anos de chumbo, do golpe militar, que mergulhou o país nas trevas durante 21 anos e que, neste ano, completa 50 anos. Saudoso inclusive do clima da Copa de 1970, quando as botinas, coturnos dos milicos, sob o comando do general Médici, pisoteavam, esmagavam quem defendia a liberdade de expressão.
Considerar que o assalto ao poder comandado pelos generais, com respaldo de Tio Sam, foi uma revolução ofende a memória dos brasileiros, daqueles que lutaram, tombaram em defesa da democracia. A data 31 de março não pode ser esquecida. É preciso lembrar, sempre, como um ato que rompeu o Estado de Direito. Viva a democracia.
31/03/2014
Itaú: saudoso do golpe militar
Brasil