O Sindicato assinou hoje (18) a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2013-2014, negociada com a Fenaban no último dia 10, 22º dia da greve nacional, e aprovada pela categoria em assembleia realizada no dia seguinte, 11. A solenidade aconteceu no Hotel Intercontinental, em São Paulo, e contou com a participação de vários dirigentes sindicais; entre eles, o presidente da Contra-CUT, Carlos Cordeiro, o presidente da Contec, Lourenço do Prado, e o presidente da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul e secretário de Gestão Pública do Estado de São Paulo, deputado estadual Davi Zaia.

A CCT é o resultado concreto da greve de 23 dias (19 de setembro a 11 de outubro), que rompeu com a intransigência da Fenaban (Federação Nacional de Bancos), rasgou e jogou na lata de lixo o discurso propagado na segunda semana da mobilização nacional pelo diretor de Relações Sindicais da citada federação, Magnus Apóstolico, que, em entrevista ao Jornal Folha de S. Paulo (edição de 27 de setembro), negou aumento real porque os lucros dos Bancos no primeiro semestre deste foram menores que os obtidos em 2012.
A força da greve, a disposição de luta dos bancários, garantiu aumento real não apenas sobre o salário (8%), mas também sobre o piso (8,5%) e 10% sobre a parcela fixa da regra básica e teto da parcela adicional da PLR. E mais:
elevou de 2% para 2,2% o percentual do lucro líquido a ser distribuído linearmente na parcela adicional da PLR; proibiu os bancos de enviarem torpedo no celular pessoal dos bancários cobrando resultados; garantiu abono-
assiduidade de um dia por ano; adesão ao programa de vale-cultura do governo, no valor de R$ 50,00 por mês; criação de grupo de trabalho para discutir as causas de afastamentos do trabalho (adoecidos); redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias apresentadas pelo Sindicato (programa de Prevenção de
Conflitos no Ambiente de Trabalho, conquistado em 2010); debate sobre novo modelo de PLR antes da Campanha de 2014; e os dias parados serão compensados até o dia 15 de dezembro em até uma hora por dia.
Para o presidente do Sindicato, Jeferson Boava, que assinou a CCT, vencida a batalha da Campanha 2013, o passo seguinte é fiscalizar a aplicação dos direitos conquistados e debater os pontos que necessitam serem fechados, como é o caso do grupo de trabalho de adoecidos, o novo modelo de PLR para 2014 e o seminário sobre tecnologia. “A Campanha deste ano terminou; mas a luta continua”, frisou Jeferson.
Fotos: Júlio César Costa