A greve expandiu mais hoje (01/10), 13º dia, fechando 257 agências e departamentos de bancos públicos e privados na base do Sindicato. Em Campinas, 167 locais de trabalho fechados, 21 a mais em relação a ontem (30), quando foram fechados 146, atingindo hoje os bairros Proença, Norte-Sul, Ouro Verde e Guanabara, incluindo a Superintendência Regional do Santander (SPI Centro Sul) e agência Barão de Itapura. No total, a paralisação atinge a área central de Campinas e 12 bairros. Na região, a greve está consolidada em 90 agências instaladas em 29 cidades. “A greve permanece forte e cresce a cada dia. É uma greve de adesão e está atingindo importantes locais de trabalho, como o prédio central do Bradesco na Avenida Moraes Sales, desde o primeiro dia (19), e hoje (01/10) a Superintendência Regional do Santander. A insatisfação da categoria, a disposição de luta dos bancários ao lado do Sindicato, vai acordar a Fenaban, os banqueiros. Com certeza”, avalia o presidente do Sindicato, Jeferson Boava.
Quem parou no 13º dia: 30 cidades
Campinas – 167 locais de trabalho: Bancos públicos e privados instalados na área central da cidade; bairros Bonfim, Avenida João Jorge, Cambuí, Avenida Saudade, Avenida Amoreiras, Unicamp, Castelo, Taquaral, Proença, Norte-Sul, Outro Verde e Guanabara.
Região – 90 locais de trabalho – 29 cidades:Água de Lindóia, Americana, Amparo, Arthur Nogueira, Cabreúva, Cosmópolis, Elias Fausto, Engenheiro Coelho, Espírito Santo Pinhal, Estiva Gerbi, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itapira, Itatiba, Jaguariúna, Louveira, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Monte-Mor, Nova Odessa, Pedreira, Paulínia, Santo Antonio de Posse, Serra Negra, Socorro, Sumaré, Valinhose Vinhedo.
Quadro da greve: locais de trabalho fechados
Dia
|
No país
|
Região de Campinas
|
1ª dia:19/09
|
6.145
|
142
|
2º dia: 20/09
|
7.282
|
158
|
5º dia: 23/09
|
9.015
|
165
|
6º dia: 24/09
|
9.665
|
185
|
7º dia: 25/09
|
10.024
|
200
|
8º dia: 26/09
|
10.586
|
217
|
9º dia: 27/09
|
10.633
|
234
|
12º dia: 30/09
|
10.822
|
236
|
13º dia: 01/10
|
11.016
|
257
|
Assembleia dia 3, quinta-feira, no Sindicato
O Sindicato realiza nesta quinta-feira, dia 3 de outubro, nova assembleia de avaliação da greve, na sede, às 18h.
Contraproposta da Fenaban apresentada na rodada
do dia 5 de setembro e rejeitada pela categoria
Reajuste – 6,1% (previsão da inflação pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc.)
PLR – 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado).
Parcela adicional da PLR – 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.
Adiantamento emergencial – Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho, em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS.
Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho – Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa.
Adoecimento de bancários – Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos.
Inovações tecnológicas – Realização, em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial.
Reivindicações dos bancários
– Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%)
– PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
– Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
– Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
– Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
– Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
– Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
– Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.
– Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
– Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.