O Dia Nacional de Luta, hoje (22), encerrou em Campinas com concentração de bancários no Largo do Rosário, centro da cidade. Depois de coordenar paralisação em cinco agências da Caixa Federal e três do Mercantil do Brasil em Campinas, Indaiatuba, Mogi Mirim e Mogi Guaçu, no período das 7h às 12h, os diretores do Sindicato, delegados sindicais e bancários se reuniram no Largo, no período das 16h às 18h30, onde distribuíram dois folhetos. Um direcionado aos clientes de Bancos, com enfoque na alta lucratividade obtida no primeiro semestre deste ano, nas altas tarifas e na incessante onda de demissões; outro folheto com as propostas da CUT ao Projeto de Lei (PL) 4330, que propõe regular a terceirização. “A mobilização da categoria foi em duas frentes: específica, com debate sobre a Campanha Nacional e repúdio à postura da Fenaban; e, geral, onde o Sindicato denunciou à população o golpe que está claramente definido no PL 4330, se aprovado como está proposto. Os embates com a Fenaban e na CCJC (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) exigem forte mobilização dos bancários, da classe trabalhadora”, avalia o presidente do Sindicato, Jeferson Boava.
Caixa Federal e Mercantil do Brasil paralisados
As cinco agências da Caixa Federal em Campinas e Indaiatuba e três do Mercantil do Brasil em Campinas, Mogi Mirim e Mogi Guaçu paralisaram os serviços hoje, no período da manhã, para protestar contra a postura intransigente da Fenaban e da Caixa Federal nas mesas de negociação da Campanha Nacional. Depois de duas rodadas nos dias 8,9, 15 e 16, a Fenaban negou todas as reivindicações sobre saúde, condições de trabalho, segurança e emprego. A mesma postura se repetiu na mesa específica com a Caixa Federal, nos dias 9 e 19 últimos.
No Mercantil do Brasil – uma agência fechada em Campinas, Mogi Mirim e Mogi Guaçu – a paralisação foi contra a intransigência da Fenaban e contra o reduzido valor da primeira parcela do programa de Participação nos Resultados (PPR). O Mercantil do Brasil lucrou R$ 14 milhões no primeiro semestre deste ano, impactado pelo aumento substancial do Provisionamento de Devedores Duvidosos, de R$ 92 milhões. O pífio lucro reduziu drasticamente o PPR.
Contra o PL 4330
A batalha contra o PL 4330 não terminou. Na semana passada, pressionado pelas centrais sindicais, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados adiou a votação, que iria acontecer no último dia 14. Com essa trégua, a Comissão Quadripartite (governo, parlamentares, empresários e trabalhadores), criado em julho último, voltou a se reunir. Até o momento, nenhum consenso.
O substitutivo do deputado Artur Maia (PMDB-BA) ao PL 4330/2004, de autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), propõe regular a terceirização, legalizar o correspondente bancário, escancarar as portas para a precarização do trabalho no país todo.
Agências fechadas
Caixa Federal: Ouro Verde, João Jorge, Sousas, Moares Sales e Indaiatuba.
Mercantil do Brasil: Campinas, Mogi Mirim e Mogi Guaçu.