
No período da manhã de hoje (15), o Comando cobrou resposta às questões debatidas na primeira rodada (dias 8 e 9); entre elas, combate ao assédio moral, metas abusivas, plano odontológico para aposentados, prevenção contra assaltos e sequestros e assistência às vítimas. No período da tarde, o tema da negociação foi emprego: não à demissão imotivada (Convenção 158 da OIT), respeito à jornada de 6h e garantia de emprego. Os representantes da Fenaban se limitaram em ouvir os integrantes do Comando. A única exceção diz respeito à proposta de criação de um Grupo de Trabalho (GT) sobre Adoecidos. A Fenaban aceita, mas os trabalhos devem iniciar depois do encerramento da Campanha. O Comando, por sua vez, quer início imediato do GT. A Fenaban assumiu compromisso em avaliar a proposta.
Dia 22, bancários na rua
Diante desse já clássico impasse, falta de contrapropostas, o caminho é a mobilização nacional da categoria. Pressionada, a Fenaban pode mudar o discurso na mesa. Para o presidente do Sindicato, Jeferson Boava, que participa do processo de negociação como integrante do Comando, “a Fenaban não demonstrou seriedade. Tudo fica para depois. O que coloca para a categoria a necessidade de ampla mobilização já na próxima semana”. Jeferson se refere ao Dia Nacional de Luta, que acontece na quinta-feira (22). Em Campinas, os bancários estão convocados a se concentrarem no Largo do Rosário às 16h.
Principais reivindicações
– Reajuste salarial de 11,93% (inflação estimada nos últimos doze meses, incluindo 5% de aumento real).
– PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
– Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
– Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
– Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
– Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que libera geral e precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
– Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
– Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
– Prevenção contra assaltos e sequestros, com fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
– Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afrodescendentes.