
O Sindicato lançou no último dia 18 a Campanha Nacional de Valorização dos Funcionários do Itaú em dez agências instaladas na área central de Campinas e em várias instaladas nos bairros; com manifestações e distribuição de folheto. A Campanha, aprovada no Encontro Nacional de Dirigentes Sindicais, realizado entre os dias 2 e 4 na cidade de Embu, tem como bandeiras prioritárias o fim das demissões, da rotatividade e das metas abusivas. “Hoje no Itaú as condições de trabalho são precárias. A diretoria do Banco tem apostado tão somente em fechar postos de trabalho e sugar quem ficou. Apesar de lucrar R$ 14,043 bilhões em 2012, o Itaú fechou 7.935 postos de trabalho no mesmo ano; uma redução de 8,08% de seu quadro funcional. Se somar com 2011, o Banco já cortou 13.699 empregos. O que é um absurdo”, avalia o vice-presidente do Sindicato, Mauri Sérgio. Segundo ele, em decorrência desse quadro, os problemas persistem. “Além do horário estendido – vale destacar, não somos contra a ampliação do horário, porém é necessário que sejam criados dois turnos de trabalho -, da cobrança de metas abusivas e diárias, os caixas ainda tem que enfrentar o fim da bobina, a pressão para venda de produtos e mudança na nomenclatura. Tem ainda o desvio de função de gerentes operacionais e o desrespeito à lei no que se refere às férias. O Itaú exige que o funcionário goze apenas 20 dias, quando a legislação permite 30. Um descalabro”, frisa o vice-presidente do Sindicato.
O citado fim da bobina que resultou no sistema de autenticação de documentos ainda inferniza a vida dos caixas. Apesar de prometer a regularização dos procedimentos para inclusão da operação de soma nas fitas de caixa, bem como da inclusão da mesma quando for necessário imprimir uma cópia, em maio de 2011, o ‘novo’ sistema ainda apresenta instabilidade. A calculadora, por exemplo, desaparece quando o sistema cai; ao reiniciar, fica indisponível.
Reivindicações – A pauta de reivindicações específicas, aprovada no Encontro Nacional, deve ser entregue ao Itaú ainda neste mês de abril. A Campanha é o primeiro passo da mobilização por melhores condições de trabalho.


Fotos: Júlio César Costa