Terminou no início da tarde desta quarta-feira, dia 4 de julho, a Conferência Interestadual dos Bancários em São José do Rio Preto, aberta ontem (3/7) pela Federação dos Bancários de SP e MS. Com a participação de 185 delegados (145, homens; 40, mulheres), incluindo 29 da base do Sindicato, a Interestadual aprovou as propostas sobre os quatro eixos da Campanha Nacional de 2012 (Emprego; Remuneração; Condições de Trabalho, Saúde e Segurança; e Sistema Financeiro Nacional), a serem apresentadas na 14ª Conferência Nacional da categoria, que acontece entre os dias 20 e 22 deste mês em Curitiba; neste fórum os bancários aprovam a pauta de reivindicações, a ser negociada com a Fenaban.
Entre as propostas aprovadas em Rio Preto, que será apresentada e defendida na Conferência Nacional, aumento real de 5% mais reposição da inflação do período setembro 2011 a agosto de 2012. Ao final, a plenária aprovou dois moções de repúdio: contra a onda de demissões promovidas pelo Itaú e contra a omissão do governo brasileiro em ratificar a Convenção 158 da OIT (demissões imovitadas).
Moção de Repúdio: demissões no Itaú
Os delegados da Conferência Interestadual da Federação dos Bancários de SP e MS, reunidos em plenária no dia 4 de julho, em São José do Rio Preto, repudiam atitude deplorável do conglomerado Itaú Unibanco que vem sistematicamente demitindo seus funcionários.
Refutam de forma veemente o comportamento do banco, que sobre pretexto do “ganho de eficiência”, tenta se eximir de suas responsabilidades com relação ao papel social do trabalho.
Mais ainda, denunciam o caráter evidentemente discriminatório dessas demissões que atingem, via de regra, os empregados mais antigos que se encontram, muita vezes, prestes a se aposentarem e são cruelmente descartados após toda uma vida de serviços prestados à instituição.
Moção de Repúdio: Convenção 158 da OIT
Os delegados da Conferência Interestadual da Federação dos Bancários de SP e MS, reunidos em plenária no dia 4 de julho, em São José do Rio Preto, repudiam a lamentável omissão do governo brasileiro em ratificar a Convenção 158 da OIT.
Não se justifica que um governo que se considera progressista e aliado dos trabalhadores não esteja alinhado a propostas que evitem as demissões imotivadas.
Há que se firmar com urgência a referida Convenção para que os trabalhadores tenham um instrumento eficaz de preservação do emprego e, por conseguinte, da dignidade do trabalhador.
Fotos: Júlio César Costa/SEEB Campinas