
Patrocinador oficial da Seleção Brasileira de Futebol, o Itaú lançou recentemente uma campanha publicitária, onde convoca todos os brasileiros com o mote “Vamos jogar bola”. Para o diretor executivo de marketing do banco, Fernando Chacon, “faz parte do nosso papel promover e incentivar mudanças”. Que mudanças se refere o citado diretor? Internamente – ou seja, dentro de ‘casa’ – o Itaú não mudou nada. Continua demitindo – principalmente os funcionários mais antigos – e, em nome do cumprimento de metas inatingíveis, persegue e humilha funcionários. “Na verdade, o patrocinador da Seleção não passa de um perna de pau, que só pisa na bola”, avalia o diretor do Sindicato, Mauri Sérgio. Segundo ele, o sindicato já realizou diversas manifestações e vai continuar na luta contra o processo de desmonte deflagrado pela direção do Itaú. “Não basta uma campanha plasticamente bonita, se nos locais de trabalho o clima é de terror diante da exigência de metas, que gera assédio moral e adoece os trabalhadores bancários. Sem falar que vários gestores exigem dos subordinados práticas nem um pouco éticas, como a venda de produtos casados e alteração unilateral de tarifas (sem autorização dos clientes tanto na pessoa física como na pessoa jurídica)”, destaca Mauri Sérgio.
Negociação já
Soma-se a esse quadro, a falta de pessoal. Vários funcionários, por exemplo, são obrigados a se deslocarem de suas unidades de origem para cobrir a falta de pessoal em outros locais de trabalho. “Hoje, podemos afirmar, o Itaú foi feito para demitir e exigir metas abusivas. Vamos cobrar, mais uma vez, uma verdadeira mudança de postura, negociações para que cessem as demissões e melhorem as condições de trabalho”, afirma Mauri Sérgio.