A Fenaban repetiu hoje (31/8), segundo dia da primeira rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, o mesmo discurso de ontem (30/8): não para todas as reivindicações sobre emprego e cláusulas sociais. Os bancos não aceitam melhorar o atendimento à população, o que inclui ampliação do horário de abertura das agências, respeito da jornada de seis horas, redução do tempo de fila, mais contratações de bancários e implementação de mais caixas para atender melhor os clientes. Ontem, os bancos já haviam rejeitado as reivindicações sobre garantia de emprego, fim das terceirizações e extensão do abono-assiduidade a todos os bancários.
As propostas da categoria, aprovadas pela 13ª Conferência Nacional, prevê ampliação do horário de atendimento das agências das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho e respeito da jornada de seis horas de todos os bancários. Os bancos devem também ampliar o número de caixas a um mínimo de cinco em cada agência, reduzir o tempo de fila a um máximo de 15 minutos e contratar mais bancários para melhorar o atendimento à população e assim aliviar a sobrecarga de trabalho. “Os negociadores da Fenaban ressaltaram que os temas apresentados não dizem respeito aos sindicatos; tão somente aos bancos e ao Banco Central. Discordamos. Todos são de interesse dos bancários, a linha de frente de qualquer instituição financeira”, avalia o presidente do Sindicato, Jeferson Boava, que participou nesses dois últimos dias do processo de negociação com a Fenaban.
Terceirização
O Comando Nacional também cobrou dos bancos o fim da terceirização no sistema financeiro, que precariza as relações de trabalho e coloca em risco o sigilo bancário dos clientes. A discussão será aprofundada na mesa temática sobre terceirização conquistada na campanha nacional do ano passado.
Igualdade de oportunidades
O Comando Nacional cobrou dos representantes da Fenaban a realização de um novo censo na categoria para averiguar os resultados dos programas implementados pelas empresas para combater as discriminações de gênero, raça, opção sexual e contra pessoas com deficiência – implementados após a realização do Mapa da Diversidade, em 2008. Os negociadores patronais disseram que vão consultar os bancos sobre a reivindicação. O Comando Nacional protestou contra o descaso da Fenaban com as questões relacionadas com a igualdade de oportunidades, especialmente pelo fato de por diversas vezes a reunião da mesa temática ter sido adiada. Ao final a Fenaban rejeitou incluir na Convenção Coletiva as cláusulas debatidas durante a realização da mesa temática.
Calendário – Negociações com Fenaban
2ª rodada: 5 e 6 de setembro – saúde e condições de trabalho
3ª rodada: 13 de setembro – remuneração
SEEBC com Contraf-CUT