Em carta aberta aos clientes e usuários, que começou a ser distribuída no dia 18 último, Dia Nacional de Luta, o Sindicato denuncia que a fusão do Itaú com o Unibanco resultou em demissões e adoecimento. Diz o documento:
“A fusão do Itaú e Unibanco, em 2008, elevou a instituição financeira das famílias Setúbal, Vilella e Moreira Salles ao primeiro lugar no ranking dos bancos privados; em 2010, lucrou R$ 13,3 bilhões, o maior do país e da América Latina. Essa exuberância financeira, no entanto, não é motivo de comemoração; pelo contrário. Para galgar o topo dentro do sistema privado nacional, o Itaú Unibanco sugou e continua sugando o que define como ‘colaboradores’; na verdade, trabalhadores bancários. A valorização daqueles que contribuíram e contribuem para o crescimento da instituição inexiste. Em nome de se adequar à nova realidade interna e do mercado, ao novo padrão de produtividade, explora, abusa e descarta pessoas como se fossem objetos obsoletos. Nem mesmo recicla. Demite descaradamente; inclusive aqueles que se dedicaram durante anos para a solidez financeira da instituição. Abusa porque não oferece condições dignas de trabalho, não respeita nem mesmo a jornada de trabalho; em algumas agências, em “dias de pico”, gestores convocam os funcionários a entrarem mais cedo. Em troca, servem um reforçado café aos caixas e gerentes operacionais. Explora porque exige o cumprimento de metas inatingíveis…Essa exigência, essa intensa cobrança, tem adoecidos os trabalhadores bancários”.
Descaso total
Em resumo, a fusão do “Modo Itaú de Fazer” e o “Jeito Unibanco”, piorou tudo. Mais alguns exemplos. Com a transferência da área de Recursos Humanos para São Paulo, cabe agora ao gestor da agência encaminhar a documentação dos novos contratados. Por ser assunto específico, sempre ocorrem desencontros. No caso de demissão, o RH envia a documentação incompleta para a homologação da rescisão do contrato. O que obriga o demitido a retornar mais de duas vezes ao Sindicato. “É muito descaso. A situação exige treinamento, funcionários preparados”, avalia o diretor do Sindicato, Vander Claro. Segundo ele, a mudança do RH prejudicou até o reembolso do auxílio creche. “Antes, em dois ou três dias estava resolvido. Agora, o reembolso demora de 10 a 15 dias”. Vander lembra ainda o problema da fita de caixa que, segundo o banco, será regularizado neste mês de maio. Ou seja, inclusão da operação de soma nas fitas de caixa e na impressão de cópia. O Sindicato está de olho. Qualquer problema, ligue: (19) 3731-2688 e fale com os diretores.
13/06/2011
Fusão resulta em demissões e adoecimento
Dia de Luta