Campinas terá piloto da CCV

Será implantado em Campinas e mais três cidades (São Paulo, Brasília e Fortaleza), provavelmente no início de abril, projeto piloto da Comissão de Conciliação Voluntária (CCV), conforme negociação entre os sindicatos (CEE, Federações e Contraf) e a Caixa Federal na retomada da mesa permanente no último dia 1º. O diretor do Sindicato, Gabriel Musso, participou da negociação como representante da Federação dos Bancários de SP e MS.
O piloto da CCV irá funcionar durante três meses. Nessa primeira fase, o objetivo é conciliar as reclamações trabalhistas de ex-empregados. Caso seja implantada em definitivo, “a CCV irá tratar de qualquer demanda apresentada pelo empregado; como cesta alimentação, 7ª e 8ª hora, horas extras e desvio de função”, destaca o diretor Gabriel. A instalação do piloto deverá ser aprovada em assembleia dos empregados, a ser convocada pelo Sindicato.
Pendências
Os sindicatos cobraram nessa retomada da negociação as pendências da Campanha Nacional 2010 e da implantação do PFG (Plano de Funções Gratificadas). “Exigimos solução para os participantes do Reg/Replan, discriminados na implantação do Plano”, explica o diretor do Sindicato. Gabriel ressalta que, mesmo com vitória na Justiça, a Caixa Federal “não está fazendo os repasses a Funcef”. No que se refere à promoção por merecimento, as avaliações já foram encerradas e o resultado deve sair em breve, com o pagamento ainda neste mês, retroativo à janeiro deste ano. Quanto ao Sipon, após denúncias sobre irregularidades, a Caixa Federal regularizou o problema de interligação (reloginho) com os demais sistemas utilizados, no último dia 4.
Corte de comissão
Pela primeira vez a Caixa Federal reconheceu a necessidade de se estabelecer critérios formais para o descomissionamento, evitando assim que os empregados fiquem à mercê de decisões unilaterais dos gestores. Os sindicatos cobraram ainda a discussão das constantes distorções do PSI. Os dois temas voltam à mesa nas próximas reuniões.
PEATE: reunião
em Campinas
Os problemas na implantação do Plano Estratégico para o Atendimento (PEATE) foram levantados pelos sindicatos e serão debatidos com mais profundidade na próxima reunião. Em Campinas, o Sindicato deu mais um passo à frente. Em reunião com o Superintendente da Caixa Federal, um dia após a retomada da mesa em Brasília, 2 de março, foram discutidos, entre outros problemas, o monitoramento do tempo de atendimento e a consequente pressão visando rapidez, reformas nas unidades e ergonomia do padrão Caixa Federal. “Discutimos, em resumo, os impactos do PEATE na vida funcional do empregado, principalmente o excesso de horas extras. O Superintendente assumiu compromisso em verificar os problemas apresentados”, frisa o presidente do Sindicato, Jeferson Boava, que esteve acompanhado dos diretores Gabriel, Angela e Silvio. Segundo ele, para que o Sindicato possa buscar solução para as irregularidades, distorções, é fundamental que os empregados repassem as informações para os dirigentes sindicais.
Foto: Augusto Coelho