Para atrair novos clientes e avançar, sobretudo, nas classes de menor renda (C, D e E), o Banco do Brasil vai gastar R$ 1 bilhão com a abertura de 600 novas agências e postos de atendimento em todo o país este ano.
Segundo o presidente do BB, Aldemir Bendine, o investimento inclui um novo conceito de atendimento: as “agências complementares”.
A ideia é colocar funcionários do banco dentro ou perto do estabelecimento conveniado, para realizar operações que não são feitas nos correspondentes, como concessão de crédito.
Esse modelo, mais barato, será adotado em cidades onde não há demanda que compense o custo de uma agência.
Das 600 agências previstas para este ano, 250 serão complementares, 250 tradicionais e haverá 100 postos de atendimento. O BB tem 5.000 agências e 10.748 correspondentes. O reforço será maior na região Sudeste, a única em que o banco não tem a liderança.
Para atender ao projeto de expansão, o banco pretende contratar este ano cerca de 5.000 funcionários e pode fazer novos concursos. A meta é, até 2014, estar presente em todos os municípios com agências próprias, sem contar os correspondentes bancários.
Reportagem de ontem do jornal “Valor Econômico” diz que bancos e governo discutem novas regras sobre correspondentes, para evitar problemas trabalhistas.
O BB também vai crescer no exterior. Bendine espera fechar, no primeiro trimestre, a aquisição de um banco pequeno nos EUA. Há ainda conversas sobre a compra de participação no chileno CorpBanca.
Na Argentina, aguarda autorização do banco central do país para entrar no controle do Banco Patagônia.
Também espera fechar em 60 dias o acordo com o português BES (Banco Espírito Santo) para atuar na África. Em relação ao Brasil, o BB desistiu de comprar o BRB (Banco de Brasília).
Fonte: Folha de S.Paulo
31/01/2011
BB cria novo modelo de agência
Folha de S.Paulo