O Banco do Brasil adotou o mesmo discurso da Fenaban na segunda rodada de negociação, realizada na última sexta-feira, dia 17. Os representantes do banco, aliás, não se limitaram em negar todas as reivindicações da pauta de negociação; entre elas, emprego, cláusulas sociais, pontos relacionados aos funcionários egressos dos bancos incorporados (entre eles, a Nossa Caixa), remuneração e PCS. Sequer deram resposta, como prometido, às reivindicações de saúde e condições de trabalho (assédio moral), debatidas na primeira rodada, realizada no último dia 2. No que se refere ao processo de incorporação da Nossa Caixa, cabe destacar, abordaram tão somente um ponto: gratificação variável. E apenas para reafirmarem uma velha proposta. Ou seja, a indenização permanece a mesma, três anos; os sindicatos reivindicam 10 anos. Quanto ao programa de remoção das portas giratórias, o Comando Nacional reivindicou novamente a suspensão.
Para o presidente do sindicato, Jeferson Boava, que participou da rodada, o banco mais uma vez só enrolou. “O BB deixou claro a falta de compromisso com o processo de negociação. Não bastasse o fato de negar tudo, o banco não cumpriu até agora o que prometeu no ano passado. Quer dizer, o PCCS, que envolve questões com jornada de 6h, fim da lateralidade, melhoria do piso da carreira, fim dos descomissionamentos por GDC e crescimento horizontal na função, entre outros pontos, não saiu do papel. E o plano odontológico não passa ainda de um protocolo de intenções, pois ainda não foi implantado”. O presidente do sindicato avalia ainda que o Banco do Brasil frustra os funcionários ao não adotar medidas concretas. “O BB cria expectativas internas, porém não consolida nada. Não resta outro caminho que não seja o da mobilização dos funcionários, ao lado da categoria em todo o país”.
Nova rodada – O Comando Nacional e o BB voltam a se reunir nesta quinta-feira, dia 23, às 16h, em São Paulo.
19/10/2010
BB nega tudo, como Fenaban
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