Diante da recusa do Banco do Brasil em negociar pontos da pauta específica – entre eles, assédio moral, emprego, PCCS, saúde -, a terceira rodada foi interrompida na tarde desta quinta-feira, dia 23. “O BB não mostrou nenhuma disposição em negociar, por exemplo, pontos como jornada, fim da lateralidade, melhor piso da carreira, fim do descomissionamento por GDC e crescimento horizontal na função, inclusos no item PCCS. Frente a esse tremendo desrespeito, a negociação foi suspensa. Para quebrar essa intransigência, o caminho agora é greve a partir do dia 29”, avalia o presidente do sindicato e representante da Federação dos Bancários de SP e MS na mesa, Jeferson Boava.
Terceira rodada de negociação com BB dia 23
Essa postura do BB, de completa enrolação e em sintonia fina com a Fenaban, já havia sido manifestada na segunda rodada, realizada no último dia 17. Na ocasião, o banco se limitou em negar todas as reivindicações da pauta; entre elas, emprego, cláusulas sociais, pontos relacionados aos funcionários egressos dos bancos incorporados (entre eles, a Nossa Caixa), remuneração e PCS. Sequer deram resposta, como prometido, às reivindicações de saúde e condições de trabalho (assédio moral), debatidas na primeira rodada, realizada no último dia 2. No que se refere ao processo de incorporação da Nossa Caixa, cabe destacar, abordaram tão somente um ponto: gratificação variável. E apenas para reafirmarem uma velha proposta. Ou seja, a indenização permanece a mesma, três anos; os sindicatos reivindicam 10 anos.
Call Center e portas – Depois de recusar o debate da pauta específica, ou seja, não apresentar nenhuma proposta concreta, os representantes do BB disseram que discutiriam dois pontos: programa de remoção das portas giratórias e Call Center (CABB). Quanto ao primeiro ponto, aceitam suspender; no que se refere ao segundo, estão ‘dispostos’ a discutir a “trava” de dois anos. Perfumaria pura num momento de desfecho da Campanha Nacional dos Bancários.
Foto: Roberto Parizotti/Contraf-CUT