Cinco meses de organização e luta

12ª Conferência aprova pauta de reivindicações, no final de julho.
A Campanha Nacional dos Bancários é precedida de amplo processo de discussões, debates com a categoria. O Banco do Brasil e a Caixa Federal abriram a temporada. Entre os dias 28 e 30 de maio, foram realizados dois congressos em São Paulo: 21º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil e 26º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Federal (Conecef).

Lançamento da Campanha Nacional dos Bancários em Campinas
Em preparação à 12ª Conferência Nacional dos Bancários, o sindicato realizou consulta sobre a Campanha durante três semanas de junho . No dia 8 daquele mês, vários diretores participaram do Encontro Regional promovido pela Federação dos Bancários de SP e MS em São José dos Campos. No mês seguinte, dois grandes eventos: dias 12 e 13, Conferência Interestadual em Itanhaém; entre os dias 23 e 25, 12ª Conferência Nacional no Rio de Janeiro.
Vencida a etapa de preparação, a pauta aprovada foi entregue à Fenaban no dia 11 de agosto. A primeira rodada de negociação aconteceu no dia 24 daquele mês, quando se definiu o calendário de rodadas, no total de três no mês de setembro: dias 1º e 2; 8 e 9; e  15 e 16. Na última rodada, a Fenaban propôs mais uma: dia 22 de setembro, quando se comprometeu em apresentar uma proposta global. No fatídico dia, informou verbalmente que os bancos só iriam repor a inflação dos últimos doze meses. Ou seja, 4,29% de reajuste e mais nada.

Diante desse total desrespeito, o Comando Nacional dos Bancários, da qual nosso sindicato faz parte, orientou a deflagração de greve. Reunidos em assembleia na sede do sindicato, no dia 28 de setembro, os bancários rejeitaram a indecente proposta da Fenaban e aprovaram greve por tempo indeterminado, a partir do dia 29 daquele mês. Depois de 15 dias de luta, de Norte a Sul do país, a categoria construiu um acordo que assegura aumento real, valorização dos pisos, incremento na PLR e instrumentos de combate ao assédio moral e a falta de segurança nas agências. “Para que a nossa luta alcance seus objetivos é necessário organização, antes de mais nada. Fizemos nossa lição de casa e obtivemos êxito. Conquistamos boa parte do que queríamos”, frisa Jeferson Boava, presidente do sindicato.