Depois de dois dias de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, a Fenaban não apresentou nenhuma proposta na quarta rodada, encerrada no final da tarde desta quinta-feira, dia 16. A exemplo do primeiro dia (15), quando se discutiu aumento salarial, piso e PCS (Plano de Cargos e Salários), os representantes dos bancos se limitaram em negar tudo. Diante desse indefinição, decidiu-se marcar nova rodada no dia 22, quarta-feira. Nesse novo encontro, a Fenaban assumiu compromisso em apresentar uma proposta global, após consultar aos bancos no início da próxima semana. Reunido no final da rodada, o Comando Nacional aprovou orientar os sindicatos a realizarem nesta terça-feira, 21 de setembro, Dia Nacional de Luta.
Sem proposta
No segundo dia da quarta rodada, quando se retomou o debate sobre remuneração e previdência complementar, a Fenaban não concordou com auxílios refeição/alimentação/13ª cesta equivalente (cada benefício) ao salário mínimo (R$ 510,00). Segundo os representantes dos bancos, o valor dos auxílios “são adequados à realidade”. E no debate da PLR, o batido discurso do “não para tudo” foi mantido. A Fenaban negou incluir no acordo o auxílio-educação (hoje só o Bradesco não paga), 14º salário (segundo os bancos, “não tem cabimento”) e previdência complementar. Quanto a este último ponto, os representantes dos bancos disseram que é uma questão de gestão de cada banco. Mas, a Fenaban não ficou restrita em negar tudo; quer também rebaixar direitos; no caso, reduzir o período de concessão do auxílio creche/babá, passando dos atuais 83 meses para 71 meses. Aliás, uma proposta já lançada na campanha do ano passado, porém rejeitada pelos bancários.
Avaliação – Para o presidente do sindicato, Jeferson Boava, o momento exige “mais mobilização para quebrar a clássica intransigência dos bancos. E esperamos que no dia 22 tenhamos uma proposta decente. Caso contrário, seremos obrigados a mudar a estratégia de luta, que inclui a greve”.
BB e Caixa negociam amanhã
Nesta sexta-feira, dia 17, o Comando Nacional volta a se reunir com o Banco do Brasil e Caixa Federal. Em pauta, as reivindicações específicas. As rodadas serão em São Paulo. O presidente Jeferson participa da negociação com BB; o diretor Gabriel Musso representará a Federação dos Bancários de SP e MS na negociação com a Caixa Federal.
Nas negociações com os dois bancos públicos, o Comando irá propor nova rodada no dia 23.