Em negociação com os sindicatos, no último dia 24, em sua sede em Osasco, o Bradesco aceitou iniciar a construção de um programa de combate ao assédio moral. O ponto de partida serão as questões já acertadas na mesa temática de Saúde do Trabalhador (veja matéria nesta página).
A exemplo da mesa de saúde, o ponto divergente é a proibição de divulgar o nome do assediador. Para o diretor do sindicato, Gustavo Frias, que representou a Federação dos Bancários de SP e MS na negociação, “proibir a divulgação do nome de quem prática o assédio moral pode tornar sem efeito o pretendido programa. O assediador poderia se sentir protegido. Cabe esclarecer que a intenção dos sindicatos não é dar publicidade a casos ou nomes de envolvidos, tão somente solucionar o problema, impedir o assédio”.
O Bradesco informou que admite a denúncia anônima do assédio moral em seus canais internos. No sistema adotado pelo banco, o denunciante recebe um número, que serve para identificá-lo ao acessar informações sobre a apuração do caso. Os sindicatos reivindicaram tratamento psicológico ou psiquiátrico aos bancários envolvidos em casos de assédio moral, com cobertura do Bradesco Saúde. Reivindicaram ainda o mesmo tratamento às vítimas de assaltos ou sequestros. O Bradesco vai avaliar e dar sua resposta na próxima reunião, que será realizada no dia 8 de julho. Na ocasião será debatido o conceito de assédio moral.