A negociação sobre o Programa de Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho, retomada na semana passada durante a segunda rodada (dias 1º e 2), terminou em impasse. A Fenaban não aceita divulgar o nome do funcionário que pratica o assédio moral, não aceita discutir o conteúdo dos cursos de treinamento sobre o tema e não concorda em responder a denúncia por escrito; sequer fundamentada. Diante do esgotamento desse debate, iniciado na primeira rodada realizada no último dia 24, o Comando e a Fenaban iniciaram a negociação das questões de saúde e segurança. O primeiro ponto da pauta foram as metas, que hoje preocupa 80% da categoria, conforme aponta pesquisa nacional (veja quadro). A Fenaban aceita discutir, mas avalia que não é possível concluir o debate durante o processo de negociação da Campanha Nacional dos Bancários. No entanto, os bancos reconhecem que existem problemas na forma de cobrança das metas. Quanto à não exigência de metas para caixa, a Fenaban nem discute. Em resumo, o grave problema das metas, segundo os bancos, deve ser remetido à mesa temática de saúde.
A despreocupação dos bancos com a saúde do trabalhador bancário não para aí. Negaram a isonomia de direitos aos adoecidos (tíquete refeição, alimentação, PLR); o abono de faltas quando o bancário deficiente necessitar, por exemplo, de ajuda técnica auxiliar (reparo em aparelho); e a garantia da mesma função e o mesmo salário ao bancário que retorna ao trabalho após afastamento por motivo de saúde. No que se refere ao pagamento do salário do bancário que recebe alta precoce do INSS, porém é considerado inapto ao trabalho quando se submete ao exame de retorno – nesse período não recebe remuneração alguma -, a Fenaban assegurou que irá averiguar o problema, uma vez que a suspensão do contrato de trabalho cessou. O vice-presidente do sindicato, Mauri Sérgio, e o diretor de Saúde, Gustavo Frias, participaram da segunda rodada de negociação.
O vice-presidente Mauri e o diretor de Saúde, Gustavo, na reunião do Comando
Fotos: Júlio César Costa
09/09/2010
Impasse na negociação sobre assédio moral
Nesta semana, Comando e Fenaban discutem emprego