Uma CAIXA de surpresas. Desagradáveis

epois de uma longa campanha de intimidação através de ameaças de redução salarial contra os ocupantes de cargos técnicos feita pela Caixa Econômica Federal, agora surgem surpresas, nada agradáveis, emanadas por “sábios” enclausurados na matriz da CAIXA.  O tema desta vez é Reestruturação. Em nome de uma gestão de processos “modernizante”, mascara o total descaso da empresa com seus trabalhadores. Exaltados, os iluminados disparam em comunicação interna sua própria avaliação: uma das melhores empresas para se trabalhar do país.
Ao simplesmente comunicar aos empregados das Gerências de Administração de Fundos e Seguros Sociais (GIFUS) a extinção das unidades em que trabalham, além de diversas alterações na estrutura das filiais pelo país, sem a participação dos empregados no processo, sem apresentar um plano de remanejamento, sem dar garantias aos empregados detentores de função e sem negociar com as entidades representativas dos empregados, a CAIXA rasga seu código de ética, que diz textualmente:
“Preservamos a dignidade de dirigentes, empregados e parceiros, em qualquer circunstância, com a determinação de eliminar situações de provocação e constrangimento no ambiente de trabalho que diminuam o seu amor próprio e a sua integridade moral”, “Não admitimos práticas que (…) comprometam o seu corpo funcional”, ou ainda “Valorizamos o processo de comunicação interna, disseminando informações relevantes relacionadas aos negócios e às decisões corporativas”.
Diante destes fatos graves, cabe ao Sindicato dos Bancários de Campinas e Região reafirmar seu compromisso com a luta dos trabalhadores da CAIXA e tomar posição firme na defesa dos interesses da categoria. Nós trabalhadores não aceitaremos atos despóticos da administração, que comprometem os direitos e as condições de trabalho nas unidades, que colocam em risco o futuro dos trabalhadores e que demonstra total desrespeito com as entidades representativas geridas por trabalhadores.
Temos consciência de que quando há um total desrespeito às vias negociais, como tem sido praticado pela CAIXA, o enfrentamento é a solução que nos resta. E também que nossa força está na união dos trabalhadores da CAIXA, apoiados por um sindicato forte e atuante, com longa tradição de luta pelos interesses da categoria.
Campinas, 12 de março de 2010
A Diretoria