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a segunda rodada de negociação, realizada ontem (27/8) com o Comando Nacional dos Bancários, a Fenaban rejeitou todas as propostas sobre o tema emprego. Ou seja, os bancos não querem preservar os postos de trabalho, destacadamente nas fusões; respeitar a jornada de 6h; reconhecer a Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que proíbe a demissão imotivada; acabar com as terceirizações; ampliar o horário de atendimento em dois turnos; e nem contratar mais bancários.
Mas isso não é tudo. Diante do resultado da pesquisa do Dieese/Contraf sobre o emprego bancário, que aponta a redução de 2.224 postos de trabalho no sistema financeiro somente no primeiro semestres deste ano, os negociadores da Fenaban foram taxativos: a garantia de emprego e seus desdobramentos não são discutíveis, não devem figurar na Convenção Coletiva. Inclusive ressaltaram que apostam na revogação da Convenção 158 da OIT.
O descaso dos banqueiros, como você pode concluir, imperou na segunda rodada. Em outros termos, a provocação já começou. “A resposta da categoria deve ser uma só: mobilização”, avalia o presidente do nosso sindicato, Jeferson Boava.
Terceira – Nesta quarta-feira, dia 2, acontece a terceira rodada onde o tema é remuneração. “Está chegando a hora. Queremos discutir a valorização do bancário. O que implica em um novo modelo de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Queremos, em resumo, negociar a remuneração total dos bancários”, destaca Jeferson.