A Caixa Econômica Federal apresentou no dia 8 de abril, durante rodada de negociação da mesa permanente com a Comissão de Empresa dos Empregados, sua proposta para unificação de tabela do Plano de Cargos e Salários (PCS); inclusive o tema foi novamente debatido em mais duas rodadas, realizadas nos dias 23 e 30 últimos. O diretor do sindicato e empregado da Caixa, Sílvio Kunyioshi, representou da Federação dos Bancários de SP e MS nas duas últimas rodadas. A proposta depende de aprovação do Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (Dest), porém não contempla reivindicações dos empregados; na verdade, avançou pouco.
Para o diretor do nosso sindicato e empregado da Caixa, Gabriel Musso, que participou da rodada do dia 8, de abril, o PCS proposto resume, grosso modo, apenas a unificação das tabelas salariais. “O que é pouco. Não podemos perder a oportunidade de resolver alguns dos muitos problemas que assolam a carreira na Caixa”. Em sua avaliação, um novo PCS deve considerar, primeiramente, o papel que se deseja para a instituição frente à sociedade. “Defendemos uma Caixa pública, focada no atendimento às demandas sociais e ao desenvolvimento urbano, tão necessários ao progresso do país. Não concordamos com o foco na competição com os bancos privados, mas, sim, no atendimento aos nichos negligenciados, de forma a levar à população brasileira serviços de primeira qualidade a baixo preço”. O diretor Gabriel ressalta ainda que a unificação das tabelas salariais deva ser o primeiro passo para uma transformação mais ampla na carreira dos empregados da Caixa. “Numa segunda etapa, queremos discutir questões importantes como estrutura dos cargos comissionados, CTVA e Piso de Mercado, modelo de PSI, entre outros pontos. Vivemos um momento único na empresa, em que a discussão dos temas pelos empregados é fundamental, visando uma mobilização forte e consciente. Aliás, nossa única arma para enfrentar a Caixa”.