O ABN Real garantiu à Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul, em reunião realizada no último dia 7, o emprego dos 3.200 funcionários da Aymoré e Credicenter; a serem transferidos para a nova empresa do grupo, a Aymoré Crédito, Financiamento e Investimento (ACFI), a partir do dia 1º de março.
Segundo o gerente de Relações Sindicais, Jerônimo Anjos, a mudança é parte de um processo de reestruturação interna, iniciado em 2005, “A nova empresa, ACFI, terá recursos próprios, diferentemente da Aymoré que funciona vinculada ao banco comercial”, observou o gerente de Relações Sindicais.
Indagado sobre qual acordo irá reger o contrato de trabalho dos trabalhadores da ACFI, uma vez que os funcionários da Aymoré integram a categoria bancária, Jerônimo Anjos informou que será o acordo coletivo dos financiários. Quanto às diferenças entre os dois acordos, o representante do ABN assumiu compromisso em equalizar os direitos e vantagens. Assegurou ainda que as funções hoje exercidas serão mantidas. No que se refere a formalização da transferência, a consultora de Relações Sindicais do ABN, Fabiana Ribeiro e Alberto de Oliveira Cassiano, consultor de Desenvolvimento Humano, esclareceram que será mediante carimbo na carteira profissional.
Para o presidente do sindicato, Afonso Lopes da Silva, coordenador de Bancos Privados da Federação dos Bancários, que participou da reunião, “a principal decisão foi garantir o emprego. Sem falar que o sindicato continuará representando os funcionários”. A diretora do sindicato Patrícia Delgado, que também participou da reunião, observa que os funcionários da Aymoré e Credicenter devem ficar atentos. “Negociamos com o ABN, porém é preciso fiscalizar, evitar que o compromisso assumido seja desrespeitado. Inclusive os funcionários podem denunciar qualquer abuso via e-mail: abn_denuncia@sindicatocp.org.br
Hora-extra
Os representantes do ABN afirmaram que na ACFI as horas-extras serão remuneradas. A diretora Patrícia Delgado, no entanto, destacou o excesso de jornada extra e reivindicou a criação de novos postos de trabalho. “Hoje a jornada extra ultrapassa o limite legal e humano”.