O Banco do Brasil negou prorrogar o prazo de pagamento da Verba de Caráter Pessoal (VCP), durante a sexta e última audiência no Ministério Público do Trabalho para tratar do processo de reestruturação, realizada hoje (20) em Brasília. Os representantes do banco ressaltaram que a reestruturação, implantada em novembro do ano passado, está concluída, “não havendo mais que se falar em fechamento de agências”, segundo a ata da audiência. O BB informou que o TAO (Talento e Oportunidades) Especial permanece aberto.
Novas lotações: As novas lotações ainda não foram definidas em decorrência da falta de “tempo hábil para análises e avaliações pertinentes”, registra a ata da audiência. Neste mês de julho, segundo os representantes do BB, foram visitadas oito agências dentre as 35 mencionadas na última audiência, realizada no dia 9 de junho, para entender como se processa a reestruturação. Estão programadas mais 25 visitas até o final do mês de agosto.
Corte de função: Segundo o BB, no início da reestruturação, foram cortadas aproximadamente nove mil funções; seis mil funcionários perderam o cargo e não se aposentaram ou se desligaram; hoje 2.300 funcionários permanecem descomissionados.
PAS: O BB não concordou em rever o Programa de Assistência Social (PAS). Em outros termos, negou incluir as comissões cortadas na soma total da remuneração, permitindo assim adiantamento salarial maior. O BB destacou que o PAS “sempre se deu sobre as verbas salariais fixas”, segundo a citada ata da audiência.
Avaliação: Para Maria do Carmo Peggau, representante da Federação dos Bancários de SP e MS na audiência, “as discussões mediadas pelo MPT terminaram e a realocação de 2.300 funcionários descomissionados permanece sem solução”.