O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a nova proposta apresentada pela Fenaban durante rodada de negociação realizada hoje (9) em São Paulo: reajuste de 7% mais abono de R$ 3.300,00. Em relação à proposta de reajuste apresentada no último dia 29 de agosto, o percentual aumentou 0,5%, porém não repõe a inflação registrada no período de setembro de 2015 a agosto de 2016 (estimada em 9,57%). O reajuste, na verdade, impõe uma perda salarial de 2,39%. Quanto ao abono, aumento de R$ 300,00; a proposta inicial era de R$ 3.000,00. Diante da rejeição do Comando, a Fenaban concordou em retomar a negociação na próxima terça-feira, dia 13, às 14h.
Apesar de sinalizar recuo ao marcar nova negociação nesta sexta-feira – a convocação foi feita no primeiro dia da greve (6) – a Fenaban insiste em proposta rebaixada. O que é inaceitável. Afinal, mesmo numa economia em recessão, a rentabilidade dos Bancos permanece alta. “É hora de intensificar ainda mais a mobilização para quebrar a resistência, o pão-durismo dos banqueiros”, avalia a presidente do Sindicato, Stela.
Proposta rejeitada
Na quarta rodada, realizada no último dia 29, a Fenaban propôs reajuste de 6,5% mais abono de R$ 3 mil. Os bancários rejeitaram a proposta e aprovaram greve durante assembleia ocorrida no último dia 1º. A citada proposta representa 68% da estimativa de inflação acumulada no período de setembro de 2015 a agosto de 2016 (9,57%).
Assembleia dia 12, segunda-feira
O Sindicato realiza nesta segunda-feira (12) assembleia para discutir os rumos da Campanha Nacional. A assembleia será na sede em Campinas, às 18h.
Principais reivindicações
Reajuste salarial: 14,78% (incluindo reposição da inflação mais 5% de aumento real).
PLR: 3 salários mais R$ 8.317,90.
Piso: R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vale alimentação: R$ 880,00 ao mês (valor do salário mínimo).
Vale refeição: R$ 880,00 ao mês.
13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 880,00 ao mês..
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Carreira: Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Segurança: Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Fotos: Júlio César Costa
Charge: Pelicano